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I SÉRIE — NÚMERO 1

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V. Ex.ª não merecia e, portanto, estou a prestar-lhe o justo tributo.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado José Lello, de um modo simpático, acabou por fazer uma intervenção

que não cabe no Regimento.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado José Junqueiro, é também para uma interpelação à Mesa?

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, muito rapidamente, gostaria de dizer o seguinte: foi-me

feita uma pergunta pelo Sr. Deputado João Gonçalves Pereira e eu tenho todo o gosto em informá-lo que os

vereadores do PSD felicitaram, hoje, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa exatamente pela resolução

deste problema.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Peço aos Srs. Deputados que façam caber as intervenções na ordem e na lógica do

Regimento.

O Sr. António Prôa (PSD): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado António Prôa, faça favor.

O Sr. António Prôa (PSD): — Sr.ª Presidente, no mesmo registo do Sr. Deputado José Lello, gostaria de

fazer uma interpelação à Mesa muito breve para constatar que, de facto, o Partido Socialista fica muito

incomodado cada vez que se fala no Dr. António Costa, mas esse é um problema que o Partido Socialista terá

de resolver.

Os problemas da capital são, seguramente, problemas importantes também para esta Assembleia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, foram tratados sob o estrito princípio da igualdade, mas para a

próxima pedia que invocassem a norma regimental ao abrigo da qual querem interromper o debate.

Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Já não há maneira de esconder ou

disfarçar; a contestação à política de direita e a este Governo atinge elevadíssimos níveis e generaliza-se a

toda a sociedade, a todos os setores da sociedade.

Durante o verão, por todo o País, em inúmeras empresas e diversos sectores, os trabalhadores

enfrentaram a ofensiva contra os seus direitos, que procurava transpor para as relações laborais, em concreto,

as graves alterações à legislação laboral determinadas pelo Governo, com o apoio, aliás, nas questões

fundamentais, do PS. Em muitas empresas e setores foi possível travar a redução para metade do pagamento

das horas extra, a completa desregulação dos horários (também diminuindo o salário) e outros inaceitáveis

ataques à dignidade e à vida dos trabalhadores e das suas famílias.

Esta capacidade de luta, de resistência e de enfrentamento da ofensiva de retrocesso social tem vindo a

provar, há muitos meses, que o mito da paz social, que o Governo e os seus acólitos comentadores e

palestrantes nos tentam impingir, não passa de propaganda apoiada pelo silenciamento de muitas destas lutas

nos grandes meios de difusão.