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6 DE OUTUBRO DE 2012

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Aplausos do PS.

A conta é simples de fazer! É por isso que o Sr. Primeiro-Ministro, em vez de, neste debate, se vir

vangloriar da obra feita, devia estar a pedir desculpa aos portugueses, porque os portugueses vão passar mais

sacrifícios devido aos seus erros e à sua incompetência na execução do Orçamento deste ano.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Sr.as

e Srs.

Deputados: Discutimos hoje conjuntamente duas moções de censura, apresentadas pelo PCP e pelo Bloco de

Esquerda, e a primeira coisa, Sr. Primeiro-Ministro, que queria deixar muito clara neste debate é a separação

entre os que, como nós, acreditam que Portugal deve honrar a palavra, pagar a quem deve, manter-se na

zona euro, fazer parte do processo de construção europeu, pois só assim sairemos da situação muitíssimo

difícil em que nos encontramos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Aliás, parece que há nesta Câmara, Sr. Primeiro-Ministro e Srs.

Deputados, quem queira ignorar ou fazer que ignora que devemos dinheiro, temos credores, temos dívidas

para pagar, estamos debaixo de um programa de assistência externa para fazer face a compromissos…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Compromissos para com os eleitores!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … correntes do Estado, para pagar salários, para manter o Serviço

Nacional de Saúde, para manter a educação, para manter as forças de segurança.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — O Governo cada vez deve mais!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É bom recentrar e relembrar o seguinte: temos o Memorando para

cumprir, temos dívidas para pagar e temos que pedir dinheiro para pagar despesas correntes do Estado, de

qualquer Estado.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe, para que fique muito claro, que, para o CDS, Portugal deve

pagar o que deve, Portugal deve ser um Estado de bem, Portugal deve manter-se no trilho europeu e da União

Europeia.

Ouvimos aqui, numa espécie de testamento político, o Sr. Deputado Francisco Louçã, agora que já nomeou

os seus herdeiros para continuação da causa,…

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Rasca! Rasca!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … findo este processo sucessório do Bloco de Esquerda, ouvimos o

Deputado Francisco Louçã, repito, dizer que este Primeiro-Ministro e este Governo deviam demitir-se.

Pois bem, para bem de Portugal e dos portugueses, há nesta Câmara, pelo menos, 85% de Deputados

que, por razões diferentes, com visões diferentes, discordam dessa ideia e continuam a achar que Portugal

deve estar na zona euro, na União Europeia e pagar o que deve, como qualquer pessoa, qualquer família ou

qualquer Estado de bem.

E é bom lembrá-lo com humildade democrática e responder com essa humildade democrática à arrogância

política do Bloco de Esquerda e do PCP, quando aqui apresentam estas moções de censura.