I SÉRIE — NÚMERO 8
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
E, Sr. Deputado, sendo o senhor, na altura, Deputado do Partido Socialista e Presidente da Comissão de
Economia neste Parlamento, não lhe ouvi nenhuma palavra de incómodo por essa razão. Mas isso também já
é natural.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Ouvi-o, Sr. Deputado, com a expectativa de que, na sua pergunta, pudesse acrescentar alguma coisa a
este diálogo interior que os partidos da extrema-esquerda parlamentar quiseram cristalizar neste Parlamento,
mas confesso que não ouvi. E, Sr. Deputado, o que ouvi revela que o senhor não entendeu a situação a que o
País chegou.
Protestos do PS.
Não deve ter entendido — é a única explicação que encontro! É que o Sr. Deputado diz que a receita do
Governo falhou, mas o Governo está a utilizar exatamente a receita que estava prevista no Memorando de
Entendimento e que está a ser elogiada pelos nossos parceiros internacionais.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS.
O Sr. João Galamba (PS): — É preciso descaramento!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, a receita é a que está no Memorando de Entendimento.
O Sr. João Galamba (PS): — É falso!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E, Sr. Deputado, se não fosse, os nossos credores não a validavam.
O Sr. Deputado disse ainda, em sinal de falhanço do Governo: «Bem, mas vamos pagar, para o ano, mais
juros da dívida pública, por aumento do défice este ano, do que estava previsto e isto é da responsabilidade do
Governo».
O Sr. António José Seguro (PS): — Não compare!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, quero dizer-lhe que esses 0,2% de juros a mais, que vamos
pagar no próximo ano, por dívida a emitir pelo défice adicional,…
O Sr. António José Seguro (PS): — Mas quem é que falou em juros?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … não comparam com os 7500 milhões de euros que vamos pagar, em 2012,
pela dívida contraída por governos anteriores.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Por fim, diz o Sr. Deputado…
A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço desculpa, como o modelo de resposta se concentra no
final da primeira ronda, é difícil fazer a aritmética, mas peço-lhe uma racionalização do tempo, para não
multiplicarmos cinco por seis ou sete, ou seja, para fazermos uma distribuição mais harmoniosa do debate.