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I SÉRIE — NÚMERO 8

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A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Fazem-no em nome do País, saem à rua em nome de Portugal, do futuro!

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Essas pessoas saem à rua em nome do País e gritam «Está na hora de o

Governo ir embora!».

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E a si o que é que lhe disseram?! Também lhe disseram que

estava na hora de se ir embora!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — O que fazemos aqui, na Assembleia da República, não é um qualquer

jogo de palavras, é muito sério, é democracia.

A demissão do Governo é o único caminho para Portugal, é o único caminho para o País.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Mota Pinto.

O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o País vive momentos difíceis,

todos o sabemos.

O apoio dos maiores partidos representados nesta Assembleia à execução do Memorando de

Entendimento, depois de o PSD ter também negociado e subscrito esse Memorando,…

O Sr. José Junqueiro (PS): — Ah! Haja seriedade!

O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — … representou, desde o início do Programa de Assistência, um dos

nossos maiores ativos, e um ativo relevante internamente, mas também internacionalmente, o qual foi

igualmente importante para nos permitir distinguir não só da Grécia mas mesmo de países que não estão

ainda, sequer, formalmente, sob assistência financeira.

O Governo, depois de ter anunciado medidas para conseguir um efeito orçamental semelhante ao que foi

inviabilizado pela decisão do Tribunal Constitucional, decidiu reformular essas medidas e apresentou uma

alternativa. Lembramos que o Partido Socialista aproveitou o anúncio dessas medidas para logo anunciar que

iria também apresentar uma moção de censura e votaria contra o Orçamento do Estado para 2013.

O Sr. António Filipe (PCP): — Estava a brincar!

O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — Ora, o Governo moveu-se, o Governo alterou a sua posição, mas,

aparentemente, o Partido Socialista não o fez, pois apenas anunciou que já não iria apresentar qualquer

moção de censura e nada disse quanto ao Orçamento do Estado para 2013, pelo que, aparentemente,

continua a manter o voto contra.

Não quero acreditar que o Partido Socialista queira aproveitar o momento em que as dificuldades mais

apertam, em que a via é mais estreita, para «saltar do barco», depois de nos ter obrigado a esta travessia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E isto sem oferecer qualquer alternativa realista. Não acho essa posição digna de um partido com as

responsabilidades que tem o Partido Socialista.

Por isso, quero perguntar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, porque penso que isso também preocupa os

portugueses, que recetividade V. Ex.ª tem encontrado, nomeadamente junto do Partido Socialista,

verdadeiramente o pai deste Memorando, para que se preserve o apoio conjunto que tem caraterizado, até

agora, a execução do Memorando de Entendimento?