O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 DE OUTUBRO DE 2012

33

Já sei que o senhor vai dizer que foi o PS que colocou essas privatizações no pacto de agressão assinado

com a troica, mas a verdade é que quem está no Governo, agora, é o senhor, é o PSD e o CDS, do Dr. Paulo

Portas!

Ainda nos lembramos das críticas do CDS ao plano de privatizações do governo do PS, dos alertas em

relação aos monopólios naturais e aos perigos dos monopólios privados. Aonde é que isso já vai!… Agora,

tudo se pode fazer em nome da santíssima troica e do sacrossanto défice!

Os senhores bem podem repetir 1000 vezes que é para salvar o País que o estão arruinar. A bem da

Nação, vão vendendo o País a pataco. É uma política criminosa que não pode ficar impune.

Quem está a defender o País e o setor público são os trabalhadores que lutam contra as privatizações, e

hoje mesmo o fazem numa grande jornada no setor dos transportes, que daqui saudamos.

Já dissemos aqui, e voltamos a dizer, que esta vossa política é uma política de fascismo económico, um

fascismo económico que coloca o País a saque para benefício dos grupos económicos. Foram esses que

causaram a crise e são esses continuam a ganhar com ela. Não venham falar em cigarras e em formigas, o

mal deste País está nas sanguessugas!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, falou-nos aqui da importância da

credibilidade para governar e diria mesmo que foi a única coisa acertada da sua intervenção. Falemos,

portanto, de credibilidade.

O Governo já tem um ano e meio e, há um ano atrás, quando apresentou na Assembleia da República o

Orçamento para 2012, disse-nos o Sr. Primeiro-Ministro que esse era o Orçamento das dificuldades mas era o

Orçamento para cumprir todas as metas e todos indicadores apresentados, e que 2013 seria o ano da

recuperação económica, em Portugal.

Nessa mesma altura, o Bloco de Esquerda apresentou propostas e disse ao Sr. Primeiro-Ministro que o seu

Orçamento do Estado era o caminho para o desastre económico, o caminho para o desastre social na

sociedade portuguesa.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — É verdade!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Agora, Sr. Primeiro-Ministro, basta fazer as contas.

Os senhores falharam redondamente em todos os indicadores, pois não há um número que confirme a

proposta do Governo: há mais défice, há mais dívida, há mais desemprego, há mais recessão. Os senhores

não têm qualquer credibilidade!

Aliás, têm dois orçamentos retificativos (o próximo vai chegar) e reviram quatro vezes a previsão da taxa de

desemprego, sempre para pior. Os senhores não têm qualquer credibilidade!

E agora, para 2013, o Sr. Primeiro-Ministro envia-nos o Sr. Ministro de Estado e das Finanças para

carregar exatamente na mesma receita, para aplicar um saque fiscal a todo o País e cortes que colocam em

causa serviços públicos essenciais para a democracia. Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, temos de nos entender:

o senhor e o seu Governo já não têm qualquer credibilidade!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — O debate que aqui temos, hoje, é o debate em que se mostra que o Sr.

Primeiro-Ministro está sozinho, sem qualquer estratégia para o País. Basta, aliás, ver a cara de velório nas

bancadas da direita,…

Protestos do PSD e do CDS-PP

… para perceber que o seu Governo está morto, que o senhor não tem ninguém ao seu lado.