O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 8

24

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, procurarei usar o meu tempo de forma

tão eficiente quanto possível, respondendo ao essencial das questões que me colocaram.

Em primeiro lugar, responderei aos subscritores desta moção de censura…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Destas moções de censura! São duas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Das duas moções de censura, com certeza, que têm o mesmo propósito.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade! É o derrube do Governo!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estão, desse ponto de vista, alinhados…

O Sr. António Filipe (PCP): — Ao contrário da maioria!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e têm, conforme referi na minha intervenção, o mesmo significado: a

extrema-esquerda do Parlamento entende que não precisa de responder ao problema n.º 1 um que o País

tem, que é o problema do financiamento,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ah, não é o desemprego?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e entende que pode dirigir ao País uma palavra de alternativa e de solução

prometendo apenas o derrube do Governo.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não foi só isso que dissemos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É que, diz um: «estamos perante um roubo e perante um esbulho»;…

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Estamos esmifrados!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … diz o outro: «porque não temos condições para suportar esta austeridade».

Portanto, confirma-se aquilo que eu disse, no início deste debate. A extrema-esquerda não tem uma

solução para o País,…

O Sr. António Filipe (PCP): — E o senhor tem?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … ou pelo menos, deixem-me corrigir, uma solução que seja compatível com a

nossa presença na União Europeia e na moeda única e com o nosso acesso a financiamento externo. Não

tem, é uma falência extraordinária.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — A falência é sua!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Deputado Francisco Louçã começou por dizer, negando o próprio exercício

que fez na sua pergunta, que «não sou de intrigas!». Mas, depois, fez aqui seis minutos de pura intriga.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Basta o Conselho de Ministros para isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado Francisco Louçã, vou fazer-lhe a vontade e não vou responder a

intrigas. Mas considero lamentável, Sr. Deputado, que as mesmas personalidades que o seu partido

considerava serem o inimigo do povo e o símbolo da incompetência política sejam agora citadas pelo Sr.

Deputado para atacar o Governo, por supostamente pertencerem à área política que suporta o Governo.