I SÉRIE — NÚMERO 12
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O Sr. Miguel Santos (PSD): — Mas provámos que o saneamento das contas públicas é possível,
garantindo a proteção essencial dos direitos sociais dos cidadãos e, sobretudo, a proteção especial de que
necessitam, da parte do Estado, aqueles que se encontram em situação de carência.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — O setor da saúde é, nestes termos, paradigmático e um bom exemplo
deste espírito reformista.
Concretizámos a descida da margem de lucro das farmácias;…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Com os resultados que estão à vista!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — … a implementação da DCI; a redução de 300 milhões de euros para a
indústria; a prescrição eletrónica; o efetivo combate à fraude; o fim da contratação de horas a médicos, que
acontecia de forma casuística e sem planeamento, por todo o País, há longos anos; a revisão das taxas
moderadoras, que abrangeu mais 1 milhão de isentos; a revisão de preços do medicamento; a remoção de
barreiras à entrada de genéricos no mercado; a abertura de dezenas de USF; o pagamento de 1500 milhões
de euros de dívida acumulada; o registo de saúde eletrónico; o regime mais solidário de transporte não
urgente de doentes; a progressiva abertura de 2000 vagas para contratação de médicos. Tudo isto no curto
espaço de pouco mais de um ano.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Com efeito, e ao contrário do que alguns insistem em fazer crer, o Serviço Nacional de Saúde está vivo e
alcançou uma redução de custos superior a 900 milhões de euros.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Se verificarmos a despesa total consolidada do Ministério da Saúde
proposta para 2013, reparamos que esta ascende a 8344 milhões de euros, contra os 8692 milhões de euros,
em 2006, o primeiro ano do Orçamento dos últimos Governos do Partido Socialista.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Mas provámos também que a reforma do Estado pode e deve ser
concretizada em diálogo e compromisso com os profissionais envolvidos.
Falando de factos e realidades concretas, esta semana, o Governo e os sindicatos médicos chegaram a
um acordo global sobre o exercício profissional e as condições de trabalho destes importantes profissionais do
Serviço Nacional de Saúde.
Foi um processo longo, complexo, mas marcado pela boa-fé e pelo bom senso, por um espírito construtivo
e pela noção, partilhada por Governo e sindicatos, de que a situação do País é particularmente difícil e exige
de todos um elevado espírito de compromisso.
Trata-se de um acordo essencial e determinante, só possível graças ao empenho e à capacidade do
Ministro da Saúde e ao elevado sentido de responsabilidade e de partilha de esforços da classe médica,
através dos seus sindicatos, que aproveito para, vivamente, felicitar.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Através deste acordo, os médicos passam a ter um horário de trabalho de
40 horas semanais, em vez das atuais 35, dedicando 18 dessas horas de trabalho às urgências hospitalares,