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I SÉRIE — NÚMERO 12

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bem como o reconhecimento de uma boa governação centrada nas pessoas, na qualificação das suas vidas e

no desenvolvimento regional.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Muito bem!

O Sr. António Braga (PS): — A vitória foi o reconhecimento do trabalho feito e a adesão dos açorianos a

uma saída para a crise que concilia disciplina orçamental com crescimento e emprego. É esta atitude que

explica a vitória do PS nos Açores, a mesma via que, estamos certos, na devida altura, será apoiada pelos

portugueses para o País.

Aplausos do PS.

Nesta oportunidade, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista saúda o novo Presidente do Governo

Regional, Vasco Cordeiro, e todo o povo açoriano.

Tal como há quatro anos, aquando do contrato de confiança celebrado com o povo açoriano e Carlos

César, também agora Vasco Cordeiro saberá estar à altura das expectativas, mesmo em circunstâncias

particularmente difíceis. Quando assim acontece, o povo chamado a decidir não se engana pelo simples

motivo de não ter sido enganado.

Aplausos do PS.

Sr.ª Presidente, ao contrário, o Governo da República, como largamente demonstra o Orçamento agora

apresentado, rasgou definitivamente todos os compromissos que lhe valeram a vitória eleitoral.

Todos estão bem lembrados que o atual Primeiro-Ministro criou uma crise política ao derrubar o Governo

anterior e tentou justificá-la dizendo que faria mais e melhor. Fez promessas, o povo confiou, mas, decorridos

alguns meses, todos percebemos que houve aqui um logro.

Hoje, sujeito a sacrifícios extremos muito para além do Memorando de Entendimento, o País é confrontado

com a inutilidade das suas provações e com a impreparação política de um Governo incapaz, enredado nas

suas próprias contradições.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António Braga (PS): — Diante das suas responsabilidades diretas na execução orçamental do ano

em curso, nomeadamente pela estrondosa derrapagem do défice, já reconhecida, aliás, escolhe justificar-se

deitando mão ao passado por pura incapacidade de construir uma esperança para reganhar um futuro para o

País.

Aplausos do PS.

Entretanto, o País endivida-se a um ritmo de cerca de 30 milhões de euros por dia. Por isso, caminhamos

perigosamente para uma espiral recessiva que resulta de um caminho em que a austeridade se sucede à

austeridade, em que a economia se afunda até um ponto de não retorno, em que o desemprego devasta

famílias inteiras, centenas de milhares de pessoas, em que os jovens abandonam a escola e os que mais se

qualificam emigram.

E o que se propõe o Governo com este Orçamento? Lançar, segundo Bagão Félix, um «napalm fiscal» ou,

como diz Marques Mendes, um «assalto à mão armada», do qual as personalidades de topo dos partidos da

coligação se distanciam entre mimos de desencanto e apreensão.

Aplausos do PS.

O recurso ao enorme aumento de impostos é a prova absoluta da falta de visão e de estratégia orçamental.