I SÉRIE — NÚMERO 12
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Todos, nas duas bancadas que apoiam o Governo, comungamos da ideia de que o Ministério da Saúde
tem sido capaz de fazer reformas efetivas numa área tão sensível como a da saúde, e de as fazer sem
prejudicar um único cidadão, com uma opção preferencial pelos mais vulneráveis, onde todo o equilíbrio
necessário tem sido preservado.
O Sr. Deputado referiu alguns exemplos, mas nunca será demais recordar a forma como este Ministério
tem sabido gerir e fazer reformas numa área onde os recursos são tendencialmente finitos — e, num contexto
como aquele em que nos encontramos, são particularmente finitos —, mas as necessidades são quase
sempre infinitas. Perante este desafio tão grande, o Ministério da Saúde tem conseguido fazer as reformas
que se aguardavam há décadas.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Na área da política do medicamento, tornou os medicamentos mais
acessíveis à população, sobretudo à mais carenciada.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Conseguiu mais eficiência na gestão dos recursos humanos, dos
recursos técnicos, dos equipamentos que, durante décadas, foram tão mal planeados e tão mal distribuídos
pelo território nacional; conseguiu combater, de uma vez por todas, a fraude que existia, porque não há como
esconder que existia muito por onde cortar, muito desperdício, nomeadamente no que se refere a fraude e a
falta de controlo das despesas; e conseguiu, agora, este acordo global com os sindicatos dos médicos relativo
a questões que também estavam para ser resolvidas há décadas, mas que nunca houve coragem para
resolver.
De facto, o Ministério da Saúde está de parabéns por ter conseguido encontrar uma lógica negocial de boa-
fé, em que não houve aquela preocupação de prevalecer e de ganhar a todo o custo, em que houve cedências
de parte a parte, com base no princípio geral de beneficiar quem em última análise interessa, isto é, a
população portuguesa.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Por isso, Sr. Deputado, gostaria de o saudar mais uma vez por ter
trazido esta matéria a discussão no Plenário.
Queria ainda perguntar-lhe se considera que este será mais um acordo no processo de reformas
estruturais a que estamos a assistir na saúde que contribuirá para o processo de consolidação que está a ser
levado a cabo no nosso País.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Santos.
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, de facto, estamos de acordo
em que este é um compromisso histórico, um compromisso difícil, mas essencial para o País, sobretudo para
os cidadãos, pois vão ser beneficiados com os resultados.
Julgo que é muito importante enaltecer o compromisso assumido pelos médicos, porque a esses, sim, na
fase pós-acordo, cabe a responsabilidade, o empenho, a dedicação e o esforço de implementar as medidas
que foram acordadas e de prestar os serviços essenciais, e, no caso dos médicos de família, a mais um
milhão de portugueses.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bem lembrado!