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26 DE OUTUBRO DE 2012

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A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Seja consequente!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … pergunte-se ao maior partido da oposição, aquele que negociou e

assinou o Memorando,…

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Vocês também já o negociaram!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … que, durante o ano passado, fazia discursos sobre mecanismos para

crescimento económico e criação de emprego, e a quem nós, aqui, tantas vezes — a minha bancada, mas

também a bancada do Partido Social Democrata e V. Ex.ª, Sr. Deputado Nuno Encarnação —, solicitámos

sugestões, propostas e ideias para combater o problema da dívida pública, que, de facto, em 2005, era de

62% do PIB e, à saída do Eng.º José Sócrates, passou para 106,5%,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — O que está a fazer é desonestidade intelectual!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — E a que é que assistimos da parte do Partido Socialista? Sobre

políticas de crescimento e emprego, praticamente abandonaram o debate. Ora, gostava que o Sr. Deputado

me pudesse dizer o que podemos esperar do Partido Socialista, já que formulou essa pergunta diretamente, e

se ainda há alguma réstia de esperança, quando temos um líder do maior partido da oposição que se limita a

dar toques numa bola, que se limita a dizer generalidades e que, ontem, fez uma coisa que me parece não

dever passar despercebida, que foi aproveitar a contestação legítima de uma parte da população e de um

setor e ir para a porta da Assembleia da República tirar dividendos dessa mesma situação.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Nunca vi isso da parte de um líder!

De facto, enquanto o Partido Socialista nos deixa esta pesada herança, prevista num relatório recente, hoje

mesmo o FMI sugere que temos de ir ainda mais longe,…

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Ó Sr. Deputado!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … temos de tirar ainda mais rendimentos ou de fazer mais poupanças

nas parcerias público-privadas, entre outros setores. Isso significa que podemos resolver este problema, mas,

para o resolvermos, precisamos que o Partido Socialista faça uma coisa simples: que assuma as suas

responsabilidades — seguramente, também teremos algumas —, junte-se à maioria — até se dispensa o

pedido de desculpa se se juntar à maioria —, para connosco encontrar soluções, para connosco encontrar um

discurso sério, responsável, mobilizador da população portuguesa, para que, muito brevemente, possamos ter

as contas públicas em ordem.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — A sua intervenção é patética!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Há ou não esperança nisso? É que, se não houver, Sr. Deputado Nuno

Encarnação, nós faremos ainda o esforço de acreditar que sim. Vamos agarrar-nos a essa réstia de

esperança, mas, se não for possível, teremos de nos valer uns aos outros, mas não vamos desistir e aqui

continuaremos a fazer aquilo que o Partido Socialista não quer fazer.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.