31 DE OUTUBRO DE 2012
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produção agrícola nacional. Por outro lado, devia também começar por registar um agravamento fiscal, direto
e indireto, junto dos agricultores portugueses.
Estes são, portanto, dois princípios que deviam ter sido registados no discurso da Sr.ª Ministra da
Agricultura, neste Parlamento.
A Sr.ª Ministra, por outro lado, vem dizer que este Orçamento garante, no próximo ano, a execução do
PRODER. Porquê? Porque foi aumentado o cofinanciamento nos fundos comunitários e, portanto, o que o
Governo fez foi reduzir o esforço nacional para cumprir, mais uma vez, os mínimos em matéria de execução
do PRODER. Já este ano, essa foi a estratégia do Governo e, no próximo ano, a estratégia vai manter-se. Ora,
nestes dois anos, os agricultores vieram dizer a este Parlamento que esperavam do Governo uma aceleração
da execução do PRODER, mas o que o Governo vai fazer é cumprir os mínimos em matéria de execução do
PRODER.
Por outro lado ainda, o que vemos no Orçamento são cortes: cortes nos seguros, cortes em matéria da
sanidade animal, cortes nos institutos. Particularmente, temos uma grande preocupação quanto ao que vai
passar-se, por um lado, na área da veterinária e, por outro lado, no Instituto da Vinha e do Vinho e no Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto, visto que estes cortes podem vir a comprometer as funções destes
organismos.
Gostaríamos que a Sr.ª Ministra nos desse uma resposta cabal quanto a saber se estes cortes vão ou não
comprometer as funções destes organismos.
No que se refere à matéria da componente de controlo alimentar, a Sr.ª Ministra baseia tudo e tudo apenas
numa receita que vem da tal taxa alimentar que foi recentemente criada. Ora, Sr.ª Ministra, esta é uma receita
que ainda não está garantida, porque, como sabe, esta decisão do Governo foi impugnada. Portanto, estar a
basear tudo e tudo nesta receita não nos parece razoável. Também sobre isso gostava de ouvir a Sr.ª
Ministra.
Finalmente, Sr.ª Ministra, no início deste ano ouvimos o Sr. Secretário de Estado das Florestas dizer que
havia um compromisso deste Governo que era para cumprir, isto é, que até ao final desta Legislatura iria
executar o cadastro florestal. Sr.ª Ministra, quero perguntar-lhe quanto está no Orçamento do Estado para dar
cumprimento a esse compromisso do Governo de executar o cadastro florestal em Portugal.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, em razão da alternância, a ordem de intervenção dos próximos
oradores não será a que indiquei anteriormente. Assim, a próxima intervenção é do Sr. Deputado José Luís
Ferreira, de Os Verdes, e não do Sr. Deputado António Leitão Amaro, do PSD.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.
O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, pensei que a Sr.ª Ministra iria responder,
primeiro, a um conjunto de quatro pedidos de esclarecimento, o que, creio, já ocorreu — aliás, já foram feitos
cinco.
A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado José Luís Ferreira tem razão, é altura de dar a palavra à Sr.ª Ministra
para responder aos Srs. Deputados que já formularam pedidos de esclarecimento.
Tem, então, a palavra a Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — Sr.ª
Presidente, já intervieram cinco Srs. Deputados, aos quais respondo com gosto. Depois, responderei aos
outros dois pedidos de esclarecimento.
A Sr.ª Presidente: — Peço desculpa à Câmara e à Sr.ª Ministra. Foi um erro da Mesa.
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — Não tem
importância, Sr.ª Presidente.