O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

28

O Sr. António José Seguro (PS): — Não conheço nenhum país no mundo que tenha feito um volume de

ajustamento das contas públicas num clima de recessão. Na altura estávamos sozinhos a dizer que havia

outro caminho; hoje, quem está isolado em relação ao caminho que propusemos são o senhor, o seu Governo

e esta maioria.

Aplausos do PS.

Até o Fundo Monetário Internacional vem dizer que se enganou nas contas e que 1% de ajustamento,

afinal, não provoca só 0,5% de recessão, mas pode provocar 1,5% de recessão.

E fizemos propostas, Sr. Primeiro-Ministro,…

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Quais eram?

O Sr. António José Seguro (PS): — … que vou ter oportunidade, durante o debate do Orçamento, de lhe

recordar, mas há duas que quero aqui referir.

Dissemos que se o volume de ajustamento que o senhor queria fazer era maior e se a economia da zona

euro, em vez de crescer 2% como previsto no Memorando em maio, iria estagnar era necessário mais tempo

para consolidarmos as contas públicas.

Mais: tenho vindo a propor que haja menos juros. Não tem nenhum sentido que os bancos portugueses se

financiem no Banco Central Europeu a 1% e que o Estado português se financie nos bancos portugueses a

3,5%, a 4% e a 4,5%. Não tem nenhum sentido, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. António José Seguro (PS): — E não venha com estratagemas, Sr. Primeiro-Ministro, porque já lhe

expliquei como é possível beneficiarmos de taxas de juro mais baixas.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, era bom que também esclarecesse aqui aquilo que o Sr. Ministro das

Finanças se recusou a esclarecer no Parlamento. Quem é que tem comprado a dívida pública portuguesa? É

necessário que o País saiba quem são os seus credores.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. António José Seguro (PS): — Termino, dizendo que a sua proposta de refundação do Memorando

de Entendimento não é mais do que uma desculpa para o seu fracasso.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — O País chegou a uma situação terrível, o País está em pré-rotura

social e sabe que tem um responsável que se chama Pedro Passos Coelho, o Primeiro-Ministro deste País.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. António José Seguro (PS): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Volto a dizer-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que os portugueses sabem que podem contar com o Partido

Socialista,…

Vozes do PSD: — Podem, podem!…