31 DE OUTUBRO DE 2012
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O Sr. António José Seguro (PS): — … e também sabem que o PS não será a sua boia de salvação,
porque este Governo não tem salvação possível com a política que está a aplicar em Portugal.
Aplausos do PS.
Estaremos à altura das nossas responsabilidades, Sr. Primeiro-Ministro, mas de acordo com a nossa
agenda. O País pode contar connosco…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, por favor.
O Sr. António José Seguro (PS): — … de acordo com as nossas prioridades, com os nossos valores e
com a nossa alternativa, que é cada vez mais necessária e urgente no nosso País.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, como é evidente, todos os oradores têm usado mais do dobro do
tempo previsto e razões de equidade implicam que as várias bancadas reclamem sempre a mesma
generosidade da Mesa.
Chamo a atenção dos Srs. Deputados para o facto de haver limites globais de tempo. Nesta fase do
debate, iremos conceder o prolongamento de tempo a que todos os Deputados têm direito, mas na próxima
fase teremos de ser mais rigorosos com os limites de tempo.
Tem a palavra o Sr. Deputado José de Matos Rosa, do PSD.
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados,
Sr. Primeiro-Ministro, é difícil encontrar paralelo histórico para o momento político-financeiro que estamos a
viver. Portugal confronta-se, pela primeira vez, com uma crise em que não dispomos de alguns instrumentos
típicos para resolver os nossos problemas.
Permitam-me que relembre o que disse o Dr. Mário Soares, em 1 de junho de 1984, à RTP: «Anunciámos
medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para
readquirimos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes
dependências exteriores, sem o que País caminharia necessariamente para a bancarrota e o desastre.»
Vozes do PSD: — Bem lembrado!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Estamos novamente sob assistência, mas é de assinalar desde logo
que o cumprimento do atual programa de ajustamento tem vindo a ser bem percecionado pelos mercados e
pelas instituições internacionais. Todas as avaliações feitas pela troica são positivas, e isso é obra deste
Governo e de todos os portugueses.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Bela obra!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Entrámos agora numa situação decisiva e muito exigente. Temos de
continuar a proceder à correção significativa dos desequilíbrios acumulados ao longo de muitos anos.
Do estudo aprofundado e minucioso que efetuei ao Orçamento do Estado para 2013, realço que o mesmo
põe à prova a nossa capacidade para prosseguir reformas e acumular credibilidade. Com este Orçamento,
está a criar-se o futuro para os cidadãos, para as famílias e para as empresas.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Este Orçamento do Estado é um exercício de determinação. É
verdade que é pedido um esforço muito grande a todos os portugueses, mas também é verdade que se
verifica uma repartição justa e equitativa dos sacrifícios.