O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

31 DE OUTUBRO DE 2012

85

Socialista, do facto de estarmos com a soberania limitada. É neste contexto que o presente Orçamento é

apresentado e é neste contexto que está a decorrer esta discussão.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mais, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, e penso que o senhor

concordará comigo: do que o País não precisa é de uma posição radical, por parte do Partido Socialista, como

a que esta última intervenção aqui nos trouxe.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Do que o País não precisa é deste radicalismo, deste extremismo, deste querer fugir às responsabilidades.

Sr. Ministro de Estado e das Finanças, a sua intervenção trouxe-nos aqui aquela que é a grande

preocupação e a grande reforma estrutural, tantas vezes adiada, mas que está, finalmente, sobre a mesa e

tem de ser feita: o debate sobre as funções do Estado e como podemos cortar a despesa, de forma estrutural.

Para essa reforma estrutural, não basta o apoio destas bancadas, deve procurar-se um consenso alargado,

tão amplo quanto possível. E, aqui, o Partido Socialista, como partido alternativo do poder, tem um papel

importante. Temos todos!

Portanto, Sr. Ministro, realce a importância do acordo que deve ser alcançado, mas deve apelar-se,

novamente, ao Partido Socialista, para que participe nesta reforma.

Srs. Deputados, não fujam às vossas responsabilidades, porque a vossa presença neste debate é

importante, já que só assim poderemos fazer uma reforma estrutural que prevaleça para além de uma simples

Legislatura, cortar definitivamente a despesa que possa ser cortada e, finalmente, baixar a carga fiscal pesada

que estamos a exigir aos portugueses.

Mas, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, há uma outra componente relativamente à qual apelo ao seu

maior esclarecimento. É que, sendo este Orçamento exigente e feito num contexto tão difícil, o Governo não

abandonou, e bem, o conceito daquele que deve ser o limite base e amplo da coesão social que deve

abranger a governabilidade em Portugal.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Então, propõe cortes abaixo do limiar da pobreza?!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Nesse sentido, Sr. Ministro, estão colocadas em cima da mesa, num

momento tão difícil, as soluções para que as pensões mais baixas possam ser aumentadas, acima da inflação,

depois de terem sido congeladas por aqueles senhores, do Partido Socialista.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — É verdade!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — E 1,2 milhões de pensionistas vão ver o seu rendimento real aumentado,

graças a um espírito de coesão social que quero realçar, e está presente neste Governo.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mas, como o problema do emprego também está presente nas

preocupações governamentais, este Orçamento apresenta medidas concretas de apoio à empregabilidade e

às PME e, por isso, gostava que o Sr. Ministro desenvolvesse um pouco este tema.

Porém, porque não é só no contexto interno, é também no contexto externo que a coesão social deve estar

sempre presente, peço ao Sr. Ministro que desenvolva aquilo que está a ser feito, no âmbito dos países da

coesão, para que a coesão social seja reforçada no plano externo e, por essa via, possa também estar sempre

presente em todos os atos e em cada ato deste Governo.

Sr. Ministro de Estado e das Finanças, estamos, como sempre, a defender os interesses de Portugal.

Sabemos quais são as nossas responsabilidades. Era bom que, nesta Câmara, todos soubessem qual é a sua

responsabilidade perante o interesse nacional.