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30 DE NOVEMBRO DE 2012

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Com este Governo, Portugal seguiu, acriticamente, e sem que uma palavra em contrário se lhe ouvisse,

nas instâncias europeias e outras, sobre estas políticas. Os resultados conhecidos de execução orçamental de

2012, depois de tantos sacrifícios exigidos aos portugueses, falharam no défice e aumentaram a dívida.

O Governo, obstinado, seguiu o caminho contrário, como o Orçamento do Estado de 2013, anteontem

aprovado pela maioria, prova: custe o que custar, a austeridade em cima de austeridade, sem sensibilidade

social e com os resultados que já se adivinham desastrosos para a vida da maioria dos portugueses e para a

economia nacional.

Aplausos do PS.

Nós, socialistas, repetimos com clareza aquilo que, desde há um ano, ou há mais de um ano, vimos

dizendo: precisamos de mais tempo e de juros mais baixos, precisamos de apostar, como primeira prioridade,

na criação do emprego e no crescimento do nosso aparelho produtivo e na dinamização competitiva do nosso

aparelho produtivo.

O Governo, esse, continua calado e cego perante a perspetiva evidente de descalabro, a insistir nas

políticas do «custe o que custar», anteontem, de novo, aqui aprovadas. Até quando?

O caminho que propomos, nós, socialistas, é o de soluções mais justas e menos penalizadoras. É nesse

caminho que vamos prosseguir, fiéis às nossas convicções, a pensar nos portugueses e em Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — O Sr. Deputado tem um primeiro pedido de esclarecimento do Sr.

Deputado Carlos Costa Neves, a quem dou a palavra.

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Soares, oiço-o sempre com toda a

atenção, como oiço todos os colegas, mas, no caso concreto, com especial estima pelo passado que temos

em comum no Parlamento Europeu.

Relativamente à sua intervenção, gostava de trazer a esta Casa uma ideia que me parece sempre

importante ter em conta do filósofo Ortega y Gasset, que diz que «nós somos nós e as nossas circunstâncias».

E se «nós somos nós e as nossas circunstâncias», o País também é o País e as suas circunstâncias.

E é muito fácil nós pormos as responsabilidades do que se passa no País, algures na crise internacional,

algures na Europa, em todos os lugares menos em Portugal.

É verdade que há uma crise internacional, é verdade que há uma crise europeia, mas também é verdade

que, em Portugal, nomeadamente nos fins da década de 90 e durante toda a primeira década do século XXI,

houve quem nos pusesse na situação em que nos pôs.

E agora é preciso resolver o problema. É preciso que a União Europeia tenha a capacidade de resposta

necessária à crise que ela própria está a viver, e é preciso que nós façamos a nossa parte no nosso País em

relação àquilo que está na nossa mão resolver.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — Em relação à União Europeia, vai-se fazendo caminho e Portugal tem

estado envolvido, nomeadamente, na primeira linha da discussão do próximo Quadro Financeiro Plurianual

para o período de 2014-2020. Portugal está no grupo dos países «Amigos da Coesão», Portugal tem a sua

posição bem preparada e tem estado na primeira linha da defesa da coesão e da política agrícola comum.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — E é aí que nós vamos continuar.

Quanto a alternativas, é sempre importante debater, é sempre importante estarmos abertos a todas as

alternativas. Eu não alinho, nem o Grupo Parlamentar do PSD alinha, com aqueles que acham que só aqui é

que há razão. Com certeza que há boas ideias nas outras bancadas. Temos estado é à espera delas.