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I SÉRIE — NÚMERO 25

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Pode fornecer-nos esse estudo?

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Estas greves estão a afetar sobremaneira determinados

portos, nomeadamente o porto de Lisboa, que viu o seu peso relativo na movimentação das cargas no mês de

outubro passar de 18% do movimento de cargas totais de todo o País para cerca de 12%, registando-se,

portanto, uma quebra muito significativa.

Assim, temos alguns portos com um crescimento bastante assinalável e outros portos, que estão a ser

afetados pelas greves, que estão a ter uma diminuição muito grande da sua atividade.

Em relação à pergunta do Sr. Deputado Artur Rêgo sobre a obrigação de formação, quero dizer que a

intenção é exatamente essa, ou seja, tencionamos reforçar as ações de formação no setor, obviamente

potenciando a produtividade dos trabalhadores.

Gostaria ainda de referir que esta legislação salvaguarda os direitos dos trabalhadores no ativo.

Em relação à pergunta da Sr.ª Deputada Mariana Aiveca sobre o impacto económico desta lei, posso dizer-

lhe que esta lei está a implementar muitas das alterações que foram promovidas, por exemplo, no porto de

Leixões, e sabemos que os portos de Leixões e de Sines têm tido um crescimento muito assinalável,…

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Não ponha Sines no «embrulho»!

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — … exatamente porque, depois de terem sido feitas

alterações parecidas com as que estamos a propor, isso fez com que estes portos tivessem tido um

crescimento muito substancial nos últimos anos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está mal informado!

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr.ª Presidente, se me der licença, gostaria de passar

agora a palavra ao Sr. Secretário de Estado para também esclarecer mais algumas questões.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem, então, a palavra o Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e

Comunicações.

O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Sérgio Monteiro): —

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, como o Governo tem repetidamente dito, esta proposta de lei não

precariza de nenhuma forma as relações laborais.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Essa agora!

O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Prova disso é o

acordo compromissório que foi apresentado oportunamente pelos empregadores ao contingente atual de

trabalhadores portuários que, independentemente de se manterem como trabalhadores portuários por força da

aplicação da nova lei, terão o estatuto remuneratório-base e o vínculo laboral mantidos, o que é a prova cabal

de que esta proposta de lei, ao contrário do que todos querem fazer crer — os que estão contra — não

precariza as relações de trabalho nem torna o trabalho laboral mais barato;…

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Ah, pois não!…

O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — … abre

oportunidades a que trabalhadores que estão fora do contingente atual de portuários possam receber

formação adequada para as tarefas que vão desempenhar e, dessa forma, nós garantimos maior