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6 DE DEZEMBRO DE 2012

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A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Sr.ª Deputada, lamento que o Bloco de Esquerda venha a este

Plenário dar eco a essas acusações levianas.

Assim, pergunto-lhe também: Sr.ª Deputada, tem conhecimento de algum facto concreto dentro deste

processo que indicie, que justifique, que fundamente a acusação que aqui faz?

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — É o «diz que disse»!

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Não tem, Sr.ª Deputada! O que aqui veio fazer foi apenas dar eco a

acusações levianas, o que é a todos os títulos lamentável.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Relativamente à matéria da cultura, que também aqui aflorou, até

percebo que venha colocar esta matéria e a questão do cinema em cima da mesa, porque a Sr.ª Deputada

faltou ao debate ocorrido no âmbito da discussão do Orçamento do Estado. Se lá tivesse estado, teria ouvido o

Sr. Secretário de Estado da Cultura relativamente a este assunto e teria participado. Percebemos por que é

que só vem ao debate agora, tarde e a más horas, mas, enfim, no que diz respeito a esta matéria, seja bem-

vinda a este debate, Sr.ª Deputada!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Francisca Almeida, agradeço as perguntas

que colocou.

Sr.ª Deputada, a lei da televisão, conforme saberá, espero, diz claramente que a direção de informação tem

de ter toda a independência do Conselho de Administração. Quando existe, na RTP, um memorando que

obriga a direção de informação a pedir autorização para alocar meios para fazer notícias sobre um tema ou

outro está a violar a lei e a independência da direção de informação. Isto não é um problema de interpretação,

é um problema de lei.

Sendo a Sr.ª Deputada jurista, confesso que hoje nos surpreendeu a todos. Eu não pude estar presente na

audição que teve lugar esta manhã, como sabe, mas estive a ouvi-la com cuidado e verifiquei que a Sr.ª

Deputada citou nessa reunião SMS privados que um jornal já tinha publicado. A publicação pelo jornal, a ser

verdade que se trata de SMS privados, claramente viola várias leis, e a Sr.ª Deputada, ao citá-lo, também

deve ter violado várias leis, que conhecerá melhor do que eu porque é jurista.

Portanto, o que eu pedia é que, nesta matéria, fosse possível entendermo-nos sobre o que falamos e que a

Sr.ª Deputada conhecesse as leis sobre as quais trabalha. Não tem qualquer sentido vir aqui fazer de conta

que a lei da televisão não garante a independência à direção de informação e que esta é uma intromissão na

lei da televisão; não tem qualquer sentido vir violar a privacidade citando SMS privados. Esta é que é uma

conversa que não tem qualquer sentido.

Sr.ª Deputada Francisca Almeida, em relação ao cinema e à cultura, o Bloco de Esquerda apresentou

muitas propostas aquando da apreciação do Orçamento do Estado, estivemos muito presentes. Do PSD é que

vimos zero — vimos zero nas propostas e vimos zero na ação. Ou melhor, não vimos zero, vimos 100% —

100% de corte, 100% de ação para destruir tudo o que é cultura em Portugal.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Catarina Martins, aquilo de que tomámos

conhecimento esta manhã, e como já tive ocasião de dizer, é mau de mais para ser verdade. Sabermos que,