I SÉRIE — NÚMERO 26
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Quero partilhar com V. Ex.ª a homenagem a todas as instituições que estão no terreno e que fazem um
trabalho silencioso, mas de grande valia, e às famílias que com elas trabalham nesta dignificação da pessoa
humana.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Por isso, gostaria que o Sr. Deputado referisse muito do
trabalho que este Governo tem feito, nomeadamente no âmbito do novo programa de financiamento às
instituições ou nas reuniões regulares que tem havido com as organizações não-governamentais, pois penso
que isso deve ser aqui lembrado. Todos os dias devemos trabalhar para a igualdade, para a inclusão e para a
excelência.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Raúl de Almeida.
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, começo por agradecer às Sr.as
Deputadas Mariana
Aiveca e Maria Conceição Pereira as perguntas que me colocaram.
Queria testemunhar o trabalho que, juntos, temos desenvolvido nesta Assembleia. Entendo que todos o
temos feito com seriedade e que temos tido a capacidade de pôr sempre o essencial acima do acessório e de
pôr o interesse da preservação dos direitos humanos acima das divisões políticas.
Compreendo as questões que a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca me colocou, porque, muito francamente, e
conforme disse na intervenção que fiz, estamos sempre aquém nesta caminhada e sempre com vontade de
fazer mais e melhor, de evoluir nesse sentido.
Mas a política também é, Sr.ª Deputada, a arte do possível. Houve pontos onde não fomos tão longe como
gostaríamos, como sucede nas deduções à coleta. Trata-se de uma questão que colocou, e bem, e que
podemos compreender com abertura, sem qualquer tipo de preconceito.
Contudo, houve muita coisa bem-feita, nos últimos tempos, na política portuguesa. E não falo só deste
Governo. Aliás, está presente a Sr.ª Deputada Idália Serrão que teve responsabilidades governativas nesta
matéria e que também teve um papel ativo, importante e construtivo nestas políticas. Trata-se, pois, de uma
caminhada que vem sendo feito e em relação à qual têm sido dados passos muito importante.
A Sr.ª Deputada Mariana Aiveca fez-me uma pergunta sobre a atribuição das ajudas técnicas pela Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa. Muito francamente, e sem dramatismo nenhum — não estamos aqui
entrincheirados a discutir esta questão —, entendo que todas as instituições a nível nacional se devem reger
por um único catálogo de atribuição das ajudas técnicas. Não tenho mais nada para lhe dizer sobre isto.
Sr.ª Deputada Maria Conceição Pereira, muito obrigado pelas questões que colocou. Queria dizer-lhe que
há, de facto, felizmente, essa continuidade de trabalho em prol da humanização da sociedade. Nem diria tanto
da integração da pessoa com deficiência mas, sim, da humanização da sociedade, porque toda a sociedade
cresce com este fator.
Este Governo tem sido atento, diligente e vigilante e tem estado onde entende que deve estar — e aqui já
se trata, talvez, de uma opção política —, que é ao lado daqueles que nomeei e de outros tantos que existem,
isto é, das instituições, num trabalho de muita proximidade, de acompanhamento, de apoio e de ajuda a essas
instituições, pois são elas que estão mais perto das pessoas que necessitam, a trabalharem com mais
qualidade, com mais eficiência e, sempre que possível, dentro da conjuntura em que nos encontramos, com
mais recursos.
Queria ainda dizer que é essencial — são coisas que não precisam de dinheiro e que vão sendo feitas,
felizmente — a proatividade que o Governo tem tido no estímulo da boa consciência empresarial, no estímulo
da empregabilidade das pessoas com deficiência. Não só no estímulo às empresas, às entidades
empregadoras, mas também no desenvolvimento de uma via profissional que realize estes cidadãos.
Também a nível dos centros de emprego protegido — olhando para este Hemiciclo, vejo várias pessoas
que estiveram envolvidas nessa discussão e que deram o seu contributo positivo, profícuo e produtivo — se
vai fazendo caminho.