I SÉRIE — NÚMERO 26
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A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Concluo já, Sr.ª Presidente.
Como estão os senhores e o Governo a trabalhar a empregabilidade?
Estas questões, Sr. Deputado, não são mais do que uma estratégia: o que é que o Governo quer; para
onde quer ir; quais são os recursos e quais são os compromissos.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.ª Deputada, está a falar há 5 minutos!
O Sr. Laurentino Dias (PS): — E está a falar bem!
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Bem-haja, Sr.ª Presidente, e muito obrigada.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Raúl de Almeida para responder.
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, antes de mais, queria agradecer as perguntas das
Sr.as
Deputadas Idália Salvador Serrão e Heloísa Apolónia e do Sr. Deputado Jorge Machado.
Tentando responder pela ordem das intervenções, começo por lhe dizer, Sr. Deputado Jorge Machado, que
não o sigo na politização desta questão. Muito francamente, não foi para isso que fiz esta intervenção, não foi
para isso que trouxe, em nome do CDS, este tema; não foi para dividir, foi para uma convergência de esforços,
para uma troca de ideias e para se produzir positivamente sobre o tema.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem! Não sabe fazer outra coisa!
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Pode haver dúvidas, pode não estar tudo feito, Sr. Deputado, mas,
muito francamente, ir buscar a tal «cassete» para uma discussão destas não me parece que mereça resposta.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Mas, Sr. Deputado, focou, e bem, um ponto que merece ser
esclarecido.
Em relação ao Centro de Reabilitação do Norte, quero assegurar-lhe que temos a garantia de que estará
disponível e aberto a todos os que dele precisarem, sem qualquer tipo de exceção. Isso sossega-nos e basta-
nos.
Vozes do PCP: — Quando?
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, tenho de dizer-lhe, muito
francamente, que não conheço o projeto de lei que Os Verdes apresentaram. A Sr.ª Deputada fez aqui um
enunciado da questão da alteração da lei relativa ao acompanhamento familiar dos filhos com deficiência. Em
tese, e conforme eu disse com toda a seriedade e com toda a sinceridade, dentro do possível — volto a dizer
que a política é a arte do possível —, devemos estar atentos e fazer tudo o que pudermos no sentido da
melhoria da integração, sendo os pais essenciais para essa integração.
Em relação às barreiras arquitetónicas, Sr.ª Deputada, tenho conhecimento prático da matéria e, como se
percebe e se adivinha facilmente, é uma das coisas que também me preocupa. Aliás, acho que preocupa cada
um de nós.
Tenho acompanhado o Governo nesta matéria e posso dizer que há aqui um trabalho, um índice de
realização muito elevado, como de resto havia — Sr.ª Deputada Idália Serrão, não tenho problema nenhum
em dizê-lo — no Governo anterior, bem como no Governo que o antecedeu, e por aí fora. Porém, temos de ter
noção de que, infelizmente, muitos dos nossos edifícios públicos estão desenhados e projetados de costas
viradas para estas necessidades e que as alterações muitas vezes são profundas, outras vezes não são
práticas, outras vezes não são praticáveis.