14 DE DEZEMBRO DE 2012
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O atual Governo, num contexto muito difícil e com o programa de ajustamento que herdou, propôs-se pagar
a dívida, limitar o endividamento e combater a exclusão social. Propôs-se ainda aumentar a competitividade da
economia portuguesa.
Enquanto a oposição se limita a repetir que são necessárias políticas de crescimento e de emprego sem se
vislumbrar uma única proposta concreta, o Governo vai agindo de forma simples e firme, valorizando a
concertação social, com vista à promoção do crescimento económico para que, pela primeira vez em muitos
anos, este possa ser duradouro e sustentável.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Em pouco tempo, Portugal conseguiu resultados positivos, entre os
quais se podem destacar os seguintes: a credibilização de Portugal no estrangeiro; a diminuição, desde
janeiro, das taxas de juro das obrigações do Tesouro português; e também a correção do desequilíbrio
externo, esperando-se um saldo positivo da balança de bens e serviços para este ano, ou seja, começa a ser
resolvido um dos principais défices — o défice externo.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Nas reformas estruturais, que
no passado se ficavam pelas intenções, foram feitos importantes progressos, nomeadamente no que respeita
ao aumento da concorrência e à diminuição da rigidez no mercado laboral, algo que era apontado pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), aquando do pedido de ajuda, como dois dos principais problemas da economia
nacional e que a tornavam pouco competitiva.
O problema da falta de competitividade é, aliás, um dos grandes problemas da nossa economia. Como
demonstra o ranking da World Economic Forum, Portugal está em 49.º lugar, atrás de países como Porto Rico,
Kuwait e Panamá. É, por isso, fundamental facilitar a vida às empresas, eliminando-se constrangimentos, ou
seja, diminuindo-se os chamados custos de contexto.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Ainda de acordo com o The global competitiveness Report 2012-2013,
da World Economic Forum, um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento dos negócios em
Portugal é precisamente a burocracia.
As sucessivas notícias acerca do excesso de burocracia que existe na nossa economia evidenciam
precisamente a magnitude do problema. Cito algumas delas a título de exemplo: «A maior empresa de
construção brasileira desiste de um investimento de 300 milhões de euros no Algarve devido à burocracia
portuguesa»; «Falta de documento impede investimento de 10 milhões em Cascais»; «Restauração paga 92
taxas e impostos para abrir um estabelecimento».
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Reconhecemos a importância fundamental e decisiva dos programas
que os Ministérios da Economia e do Emprego e dos Negócios Estrangeiros têm vindo a implementar com
vista à redução dos custos de contexto. Nesse sentido, gostaria de destacar dois importantes programas.
Em primeiro lugar, o regime simplificado de prova de exportação, que tem como principais objetivos
reforçar a competitividade das empresas e da economia nacional, a simplificação dos processos de
exportação de mercadorias e o reforço da competitividade dos portos e dos aeroportos nacionais.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
As vantagens para o exportador são evidentes: passam por uma maior comodidade e redução dos custos
em resultado da diminuição do número de deslocações aos serviços aduaneiros; uma maior transparência e