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14 DE DEZEMBRO DE 2012

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comerciais, se funcionar com esta sinergia, teremos aqui um fator importante para potenciar exportações de

produtos de base regional.

Esta bancada estará atenta à necessária reorganização dos serviços do Estado, matéria que está no PEC

e no Memorando que VV. Ex.as

assinaram, como é o caso, por exemplo, do encerramento de tribunais,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ora!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … para que essa reorganização não seja feita de forma cega ou de

acordo com o interesse local. Ela vai ser feita olhando para uma distribuição do serviço de forma equitativa, ou

seja, olhando para as necessidades locais: os bens centrais, que geram em si mesmos economias, têm de ser

postos nos locais onde são mais rentabilizados.

Portanto, esta bancada estará atenta para que não se feche tudo, ao mesmo tempo e no mesmo lugar,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … mas para que haja uma distribuição racional desses serviços, tendo

em conta a capacidade que o Estado pode pagar, tendo em conta essencialmente o serviço que é prestado às

populações.

Essa é a nossa principal preocupação, são as pessoas, não são os números, Sr. Deputado.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, deixe-me dizer-lhe que temos de

reconhecer este momento. O Sr. Deputado Hélder Amaral, um pouco à semelhança de alguns filmes que

vimos no passado, ofereceu-se para fazer aqui o papel da orquestra que vai tocando a música à medida que o

navio se afunda e que há perspetivas de milhares e milhares de afogamentos. A recessão é de 3,5%, Sr.

Deputado — são esses os indicadores que temos. Isto é um afundamento da nossa economia na ordem dos

3,5% — e nada indica que as coisas melhorem.

Mas, mais do que isso, no meio do afundamento do enorme navio da nossa economia, o Governo dizia-nos

«bom, é verdade que não há botes de salvação para todos, mas há aqui algumas boias que podem permitir

que algo se salve». E falava, nomeadamente, do setor das exportações. No entanto, se compararmos os

dados, veremos que até as exportações têm um decréscimo e uma desaceleração segundo os indicadores

agora conhecidos.

Protestos do CDS-PP.

Portanto, Sr. Deputado, basta perceber exatamente o que está a acontecer. Aliás, o Sr. Deputado teve a

honestidade de trazer aqui o problema central. E o problema central é que a Europa, a União Europeia e o

mercado europeu estão nas mãos de fundamentalistas que acham que o fundamental é fazer no tecido

económico da Europa uma espécie de purga moralista sobre a maior parte da estrutura dos setores de

produção, nomeadamente nos países do sul. Mas isso tem tido também impactos nas economias do centro.

Portanto, quando olhamos para o desempenho das nossas exportações, recolhemos os dados óbvios: é

que, hoje, também há sinais de recessão no centro da Europa e, portanto, nos países para os quais nós

exportamos. Por isso, não há aqui qualquer boia de salvação.

Mas, mais do que isso, o papel que o Sr. Deputado tem desempenhado neste Parlamento é apoiar um

Governo que acha que esta estratégia de erradicação da iniciativa económica do nosso tecido económico tem

de ser prosseguida. Portanto, de cada vez que a Europa diz «mata», o nosso Governo diz «esfola» — e por

isso o senhor é responsável.

Dito isto, vou ser muito breve nas questões que quero colocar-lhe. Primeiro, o Sr. Deputado falou-nos aqui

sobre as questões do interior. Bom, é só «carinho» que o CDS aqui oferece, porque, hoje, não há qualquer