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I SÉRIE — NÚMERO 37

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A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Crise essa que levou o Governo, de então, do Partido Socialista a assinar

o Memorando de Entendimento sobre as condicionantes de política económica, a 17 de maio de 2011,

referindo-se, no seu ponto 4.7, o seguinte: «O Governo irá: comprometer-se que, durante a duração deste

programa, qualquer aumento do salário mínimo só terá lugar se justificado pela evolução económica e do

mercado de trabalho, e após acordo no quadro de revisão do programa».

Questiono, agora, as bancadas proponentes se perspetivam, para 2013, uma evolução económica e do

mercado de trabalho (que se justifique), para que possamos cumprir com o Memorando e receber as tranches

que ainda nos restam e, ao mesmo tempo, podermos acompanhar as suas iniciativas.

Vivemos um momento de extrema fragilidade do mercado de trabalho. O combate ao desemprego deve ser

a prioridade deste Governo.

Documentos como o estudo anual que o Governo está obrigado a apresentar aos parceiros sociais

demonstram que o aumento do salário mínimo nacional tem repercussões ao nível da retração de novas

contratações e da diminuição do emprego.

E a prova é que 2009, ano no qual o aumento do salário mínimo nacional mais se verificou, também foi o

ano em que a percentagem da diminuição do emprego foi maior, especificamente, no norte do País e nos

jovens com idade inferior a 25 anos.

Também os setores de atividade que vivem momentos de maior fragilidade, como a agricultura, a indústria

e a construção, são aqueles em que mais diminui o emprego em resposta ao aumento do salário mínimo

nacional.

O aumento do salário mínimo nacional contribuirá ainda para o aumento dos encargos com pessoal e virá

aumentar os graves problemas de falta de liquidez que as empresas já vivem neste momento e que as leva a

encerrar portas, em muitos casos.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Mentira!

A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Cabe, assim, ao Governo apoiar as empresas neste momento difícil que o

País atravessa, ajudando-as a manter os seus postos de trabalho, através de medidas, como as que já

avançou, no sentido de melhorar a sua liquidez. São elas: o IVA de caixa nas microempresas, os apoios à

contratação, ou o próprio programa Revitalizar, já com o envolvimento de um conjunto de Ministérios.

Para terminar, devo dizer que estamos convictos de que, com estas e outras medidas em que o Governo

está empenhado, iremos recuperar a nossa economia e o emprego para níveis mais adequados e propiciar

aos trabalhadores portugueses um aumento sustentado do salário mínimo nacional. E, nesse momento,

daremos a prova de que o nosso País recuperou, voltou à senda do equilíbrio económico e financeiro e do

progresso.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Que vergonha! 485 €!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Sá.

O Sr. Nuno Sá (PS): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em 2006, o Partido Socialista alcançou um

acordo plurianual na concertação social que permitiu um aumento histórico do salário mínimo nacional em

mais de 20%. Em quatro anos, o Partido Socialista subiu o salário mínimo nacional, que aumentou

gradualmente de 385 € para 485 €.

Os projetos de resolução do PCP e do BE esquecem esta marca de governação do Partido Socialista. O

PCP e o BE são responsáveis por não haver mais aumento do salário mínimo nacional.

Protestos do PCP e do BE.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Que vergonha!