16 DE FEVEREIRO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Terminou o seu tempo, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr. Deputado, isso já não seria uma tragédia, mas um verdadeiro
desastre! Porque no dia em que o Primeiro-Ministro, fosse qual fosse, na situação em que o País vive,
assumisse publicamente que não estava disponível para atingir as metas de equilíbrio a que o País se propôs,
nesse dia, Sr. Deputado, não havia nenhum Governo que resolvesse o problema nem da consolidação das
contas públicas, nem do crescimento, nem do emprego.
Mas tenho a certeza, Sr. Deputado, que nos vamos poupar a essa situação de desastre, que
corresponderia ao cenário que o Sr. Deputado aqui propõe.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quem está aqui para responder
às perguntas é o Primeiro-Ministro. Recordo-lhe isso, com muita clareza.
Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — Oh!…
O Sr. António José Seguro (PS): — Mas não faltarão oportunidades para voltarmos ao tema.
O senhor conhece muito bem qual é a alternativa do Partido Socialista.
Protestos do PSD.
E conhece-a desde o início. O que o senhor prometeu aos portugueses foi que, em primeiro lugar, era
preciso fazer uma redução abrupta da despesa e que, depois dessa consolidação fiscal, com as estimativas e
as previsões que o senhor fez, o País começaria a crescer do ponto de vista económico. O senhor falhou!
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Desistiu!
O Sr. António José Seguro (PS): — E aquilo que é inaceitável é que o Primeiro-Ministro não reconheça
que falhou e que não tenha uma palavra de respeito para com os portugueses, aos quais exige tantos
sacrifícios.
Mas, pior do que isso, é o senhor insistir na receita. O senhor, este ano, vai aumentar os impostos dos
portugueses em cerca de 30% e está a preparar-se para fazer um corte de 4000 milhões de euros, que não
estava no Memorando, mas que o senhor lá colocou para poder retirar funções sociais do Estado que são
indispensáveis, sobretudo em momentos de crise.
Por isso, digo-lhe que, muito brevemente, nesta Câmara, tomaremos a iniciativa de efetuarmos um debate
sobre as trajetórias de consolidação fiscal. A sua não é credível, a sua falhou, a sua está a conduzir o País
para o desastre e para o empobrecimento.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — Nós temos uma alternativa. Vamos insistir com a troica em relação a
essa matéria. E com muita clareza digo-lhe: quando o PS tomar a iniciativa de debater a estratégia credível de