I SÉRIE — NÚMERO 55
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consolidação das nossas contas públicas e de invertermos o ciclo recessivo em que o senhor colocou o País e
o enorme aumento de desemprego, espero que esteja presente e que debata aqui, no Parlamento, as
alternativas que o Partido Socialista lhe vai apresentar. Esse debate só pode corresponder àquilo que são as
expetativas dos portugueses se houver respostas para os seus problemas concretos. E o desemprego é o
maior problema deste País,…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — … uma chaga social, um drama a que o senhor chama «danos
colaterais». Não faz nenhum sentido! Essa é a sua marca, uma marca de enorme insensibilidade social.
Neste momento, o problema do País é a sua liderança e a sua receita.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do CDS-PP.
Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-Ministro:
Sendo este o primeiro debate após o Conselho Europeu e tendo o CDS, nos dois últimos debates quinzenais,
feito perguntas ao Governo e ao Sr. Primeiro-Ministro sobre as consequências que poderiam advir deste
Conselho, ao nível do orçamento europeu para 2014 e 2020 e, sobretudo, até pela preocupação demonstrada
pelo CDS relativamente àquilo que estava em cima da mesa quanto aos fundos europeus em matéria de
agricultura, a minha palavra, por uma questão de honestidade intelectual, é, obviamente, para, em nome do
CDS, sublinhar que o acordo que foi possível obter é bom para a Europa e é bom para Portugal.
Nós, Sr. Primeiro-Ministro, ao contrário de outros, dos autointitulados Sr. Europa, que acabámos de ouvir,
aqueles que dizem que influenciam as atitudes e as decisões do Banco Central Europeu, do seu Presidente, o
Sr. Draghi, quando há um Conselho Europeu, quando as notícias não são más,…
O Sr. Mota Andrade (PS): — Não são más?!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … então, aí, esquecem e nada falam sobre a Europa.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Vimos hoje, Sr. Primeiro-Ministro, que para o Secretário-Geral do
Partido Socialista e para o líder do maior partido da oposição a Europa e o Sr. Europa têm dias: quando é
mau, o Partido Socialista vem reivindicar; quando algo de positivo acontece é por responsabilidade do Partido
Socialista; quando algo acontece de bom por força de negociação do Governo o Partido Socialista nada fala e
faz uma política de apagar a história, de apagar o que se passou — a Europa não interessa para nada,
interessam, sim, as manchetes dos últimos dias e a revista de imprensa da última semana.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, gostaria de começar a falar da
Europa.
O acordo a que se chegou, como disse, é bom para a Europa, porque sempre afirmámos que a Europa
tinha de sair deste impasse, e o mais depressa possível, para que os fundos pudessem chegar aos Estados-
membros no início de 2014 e permitissem que os Estados-membros fizessem uma preparação adequada para
a utilização desses fundos.
Mas o acordo também é bom para Portugal. Desde logo, porque obtivemos um resultado acima da
proposta inicial da Comissão, a qual, sempre o dissemos, era uma boa base de trabalho. E nas rubricas da