22 DE FEVEREIRO DE 2013
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(MEC). Esse é o nosso compromisso diário com mais de um milhão e meio de estudantes dos ensinos básico,
secundário e superior e centenas de milhares de estudantes do ensino privado: o compromisso de garantir a
qualidade. A pensar no futuro e na necessidade de ultrapassar os desencontros entre a formação e o mercado
de trabalho, olhamos para o sistema de educação e ensino como um todo.
Continuamos a investir no alargamento da rede pré-escolar e a reforçar a sua articulação com o 1.º ciclo do
ensino básico.
Nos ensinos básico, secundário ou superior, estamos a estabelecer percursos educativos de qualidade,
diversos, permeáveis entre si, tudo graças à colaboração e empenho dos professores.
Estamos a estimular a reorganização da rede de oferta do ensino superior com a colaboração de reitores,
presidentes dos politécnicos e professores, respeitando e aprofundando a autonomia das instituições, mas
atendendo ao seu papel promotor das economias regionais e locais.
A educação é também um importante instrumento de combate ao despovoamento e à interioridade. Por
isso, vamos introduzir, no âmbito do ensino superior politécnico, formações superiores curtas com uma
componente de formação em contexto de trabalho com ligação às economias regionais. O objetivo é, através
da diversificação da oferta formativa e em articulação com o ensino secundário e profissional, aumentar o
número de jovens, e também de adultos, com qualificações técnicas superiores relevantes para as economias
locais e regionais.
Sabemos que esta é uma via importante que vem responder às aspirações dos alunos, que permite
potenciar o papel do ensino superior politécnico no cumprimento da sua missão, que permite combater o
desemprego, especialmente o desemprego jovem.
Estamos a apostar no ensino técnico e na formação profissional, assumindo o sistema de formação dual
especial destaque no ensino secundário, o qual deverá conjugar a formação de base ou sociocultural,
científica e tecnológica, desenvolvida nas entidades formadoras públicas, privadas e cooperativas, com a
formação prática em contexto de trabalho, inclusivamente na área da agricultura. O desenvolvimento de
parcerias entre as escolas e as empresas, em que tantos diretores se têm empenhado, é fundamental para a
qualidade e para a defesa da imagem do ensino profissional, é fundamental para a promoção do emprego
jovem.
Em coordenação com o Ministério da Economia e Emprego, tendo sempre presente a qualidade da
qualificação real, estamos a defender os estudantes, as empresas e o País.
Introduzimos uma experiência-piloto de ensino vocacional no ensino básico, uma iniciativa que tem sido
muito bem acolhida pelas escolas selecionadas, pelas empresas participantes nos projetos e pelos alunos
envolvidos, a qual estamos a acompanhar muito de perto.
Neste contexto, e atendendo aos pedidos apresentados por outras escolas, iremos dar continuidade a esta
oferta, ainda em experiência, alargando-a, no próximo ano letivo, a muitas outras escolas. Este é um processo
faseado, pois queremos garantir a sustentabilidade deste percurso educativo.
A nossa estratégia é muito clara: melhorar o ensino em Portugal, melhorar a qualidade do ensino em
Portugal perante o desafio acrescido do alargamento da escolaridade obrigatória, o qual, neste ano escolar,
iniciámos com sucesso; garantir a sustentabilidade do sistema educativo e científico nacional. Mas, para
alcançarmos estas metas, sabemos que precisamos de exigência, de avaliação e de trabalho, precisamos do
esforço e empenhamento de todos.
Desde o primeiro momento, tivemos a preocupação de abrir o debate, de ouvir as pessoas e as autarquias,
visitando continuamente escolas, instituições de ensino superior e centros de investigação, colocando à
discussão pública a revisão da estrutura curricular e as primeiras metas curriculares.
Informo que, em março, apresentaremos e colocaremos à discussão pública as metas de História,
Geografia e Ciências Naturais do 2.º ciclo e as metas de História, Geografia, Ciências Naturais e Físico-
Química do 3.º ciclo.
Desde o primeiro momento, temos a preocupação de garantir a sustentabilidade e de melhorar a ação
social escolar. Por isso, criámos mecanismos de cooperação com a sociedade civil que melhor respondem às
necessidades das famílias dos nossos jovens com o Programa Escolar de Reforço Alimentar (PERA);
previmos a implementação progressiva, a partir do próximo ano, de bolsas de manuais escolares; estamos a
trabalhar na alteração ao protocolo existente entre o MEC e o Ministério da Solidariedade e da Segurança
Social no âmbito das comissões de proteção de crianças e jovens, tendo em vista uma mudança no processo