I SÉRIE — NÚMERO 57
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de afetação de docentes a estas comissões, garantindo uma maior eficácia ao importante trabalho
desenvolvido pelos professores nas mesmas.
Para os alunos com necessidades especiais, aumentámos o número de unidades de multideficiência;
aumentámos o número de escolas de referência; implementámos um plano de formação de docentes que
inclui ações nos domínios Braille e Orientação e Mobilidade, Língua Gestual Portuguesa, Português — Língua
Segunda para Alunos Surdos, TIC e Necessidades Educativas Especiais e Intervenção Precoce na Infância;
implementámos a possibilidade de uso do sistema Daisy para os enunciados nas provas finais de ciclo e dos
exames finais nacionais dirigidos a alunos cegos e com baixa visão, já em 2013; garantimos a disponibilização
de manuais escolares e de livros de leitura aconselhada em diferentes formatos de acessibilidade; garantimos
a abertura de vagas em centros de apoio ocupacional; garantimos o transporte, com a comparticipação do
custo, dos alunos que se deslocam para as unidades especializadas ou escolas de referência durante a
escolaridade obrigatória.
Tornámos a ação social no ensino superior sustentável e mais eficaz, melhorando o regulamento da bolsa
de estudos a estudantes do ensino superior, aperfeiçoando as regras da sua aplicação com informação
semanalmente atualizada e transparente no portal da Direção-Geral do Ensino Superior; reduzimos para
menos de metade o tempo médio de decisão nestas bolsas e agilizámos os pagamentos aos estudantes. Pela
primeira vez, temos bolsas analisadas e pagas desde setembro.
Neste momento, e aplicando um critério de maior exigência no aproveitamento escolar, este ano a 60%,
foram já aprovadas mais de 53 000 candidaturas a bolsas. No ano passado, no período homólogo, o número
era de cerca de 38 000. As famílias continuam a fazer um grande esforço para educar os jovens e é esse
esforço que temos o dever de apoiar.
Queremos, igualmente, manter os nossos melhores investigadores e atrair os melhores cérebros no
exterior. Para isso, para reforço das instituições do sistema científico e tecnológico nacional, criámos o
programa investigador FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), um concurso anual e aberto ao
recrutamento de doutorados internacionalmente competitivos, que tem um incentivo ao desenvolvimento de
carreira…
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Isso não é verdade!
O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — … e que permite a mobilidade dos investigadores entre
instituições.
No concurso de 2012, foram selecionados 155 e no concurso de 2013 poderão ser recrutados até 400
investigadores doutorados para o sistema científico.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Minhas Senhoras e Meus Senhores: Ao promover a qualidade na
educação nos ensinos básico e secundário estamos a defender os nossos estudantes; ao defender a
qualidade e a competitividade internacional do ensino superior e ciência, estamos a promover o progresso.
Essa é a função social da educação: preparar o futuro.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Ministro, para lhe pedir esclarecimentos estão inscritos os seguintes Srs.
Deputados: José Luís Ferreira, de Os Verdes, Amadeu Albergaria, do PSD, Miguel Tiago, do PCP, Nuno Sá,
do PS, Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, Michael Seufert, do CDS-PP, Heloísa Apolónia, de Os Verdes,
Maria José Castelo Branco, do PSD, Rita Rato, do PCP, Acácio Pinto, do PS, Ana Sofia Bettencourt, do PSD,
e Mário Ruivo, do PS.
A Mesa informa que o Sr. Ministro responderá em conjunto a grupos de quatro Srs. Deputados.
Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.
O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs.
Deputados, Sr. Ministro da Educação, ouvi-o com toda a atenção, mas confesso que não percebi a que País
se referia. Porém, de uma coisa sei: não se referia ao nosso Pais, porque aquilo que vemos e sentimos no dia-
a-dia não tem nada ver com o que o Sr. Ministro disse da tribuna. O que vemos é um brutal desinvestimento