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22 DE FEVEREIRO DE 2013

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O Sr. Nuno Sá (PS): — Por último, pergunto o seguinte: o que se passa com o Impulso Jovem? Com uma

meta de 90 000 jovens a serem colocados, colocaram 280 jovens. Ridículo! O Governo PSD/CDS-PP criou um

inferno social, em Portugal, e as brasas da destruição social são alimentadas pelo desemprego.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Sá (PS): — E esta é que é a questão prioritária do debate social, em Portugal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — As intervenções descontam no tempo geral, mas dá mais equilíbrio ao debate que os

Srs. Deputados tentem respeitar o tempo.

Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Educação e Ciência.

O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — Sr.ª Presidente, vou começar pela última questão do Sr.

Deputado Nuno Sá sobre o emprego. O Sr. Deputado certamente já teve muitas oportunidades para se

encontrar com o Sr. Ministro da Economia e do Emprego e de o interpelar. Mas o que nos interessa em

relação ao emprego não é o emprego imediato, o emprego artificial, o emprego não sustentável. O emprego

baseado numa economia falsa não serve o futuro.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Pois é!...

O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — Ora, estou aqui para responder sobre o emprego do futuro,

para dizer como é que estamos a preparar os jovens para que eles tenham emprego no futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Preparar os jovens para terem emprego no futuro significa dar-lhes uma educação exigente e abrir-lhes

várias hipóteses, várias vias — abrir-lhes tanto uma via científica, uma via científico-humanística, aquilo a que,

muitas vezes, se chama uma «via regular», como abrir-lhes vias profissionais, como desenvolver o ensino

dual, como fazer nos institutos superiores politécnicos uma adaptação às necessidades locais, como fazer

nesses mesmos institutos uma colaboração com as escolas profissionais —, de modo a sermos capazes de

formar jovens que estejam preparados para todas as profissões necessárias.

Precisamos de jovens profissionais técnicos, precisamos de jovens profissionais técnicos superiores,

precisamos de jovens licenciados, precisamos de jovens doutorados, precisamos de jovens investigadores.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Estão a fazê-los emigrar!

O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — E o que fazemos para preparar o futuro, o melhor que o Estado

tem a fazer para preparar o futuro é investir na educação.

Mas investir na educação (para responder a outras perguntas dos Srs. Deputados) não é simplesmente

colocar dinheiro na educação. Colocar dinheiro na educação não é sinónimo de uma boa educação.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — É tirar dinheiro!…

O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — O Sr. Deputado Amadeu Soares Albergaria citou um estudo

recente do PISA (Programme for International Student Assessment). O PISA está a repensar uma série de

questões, uma das quais aponta para que a correlação entre o investimento na educação e os resultados da

educação é baixa. Correlação real é, sim, a que se estabelece entre a exigência posta na educação e os

resultados da educação.

Tudo isto, ao longo dos últimos anos, tem vindo a ser tornado muito claro.