1 DE MARÇO DE 2013
13
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Ao longo dos dois últimos anos, Srs. Deputados, o País viveu com uma
autonomia financeira reduzida, trimestralmente a prestar contas, a obter avaliações positivas do trabalho feito
e, por isso mesmo, a serem disponibilizadas parcelas do financiamento. Mas, para que isto acontecesse, o
País teve — e tem — de cumprir um doloroso Programa de Ajustamento Financeiro e Económico.
O Governo e toda a maioria têm estado a trabalhar para que Portugal possa libertar-se do condicionamento
que hoje vivemos para que o País possa iniciar um período de crescimento sustentável.
Para tal, é necessário muito trabalho: reconquistar a credibilidade perdida, conquistar a confiança dos
nossos financiadores…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Está à vista!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … e, em simultâneo, lançar as bases de uma nova economia, reformar a
justiça, as leis de condicionamento, da concorrência e do licenciamento, a legislação laboral, e isso tem vindo
a ser feito.
Hoje, em fevereiro de 2013, mesmo num contexto internacional adverso, o País está em condições de
iniciar uma nova fase deste ajustamento.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Fruto da determinação do caminho traçado, com as contas externas
equilibradas, reconquistada a confiança do mercado, reconquistada a capacidade de nos financiarmos
diretamente junto de credores,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Falso!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … podemos hoje, em fevereiro de 2013, protagonizar um ajustamento
orçamental mais suave, podemos ajustar a fiscalidade à promoção do investimento,…
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … podemos hoje contribuir para que o financiamento seja mais fácil e a
juros mais baixos para a maioria das empresas portuguesas.
O Sr. João Oliveira (PCP): — De que país é que está a falar?
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Hoje, porque os resultados financeiros já são mensuráveis e já são
sentidos macroeconomicamente, temos todos de fazer um esforço — Governo, economia — para que estes
resultados financeiros sejam sentidos de uma forma transparente pelas empresas e pelas famílias.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Isto para que a confiança recupere, para que o investimento aconteça e
para que o emprego seja criado.
Sempre acreditámos que quem cria emprego, quem faz crescer a economia é o setor privado. Ora, para
que o setor privado possa investir é necessário que as condições de financiamento estejam asseguradas e,
para que tal aconteça, o País tinha de reconquistar a credibilidade e o acesso aos mercados e isso foi
alcançado graças ao esforço destes dois anos de governação.
Vozes do PSD: — Muito bem!