1 DE MARÇO DE 2013
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Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para uma segunda intervenção, o Sr. Deputado
Adriano Rafael Moreira.
O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as
e Srs.
Deputados: É consensual a necessidade de inovação. E, relativamente aos Srs. Deputados mais à esquerda,
queria tranquilizá-los, pois ainda estamos em Portugal, ainda estamos na União Europeia e as instituições
funcionam. Portanto, não temam que, de um momento para o outro, alguma das instituições dê, agora, em
facilitar atentados à liberdade dos cidadãos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Já sabe como é que os alemães vão decidir isto?
O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Nesse âmbito, estejam tranquilos.
Permitam-me ainda que vos diga o seguinte: como disse a Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino, e muito bem,
há soluções, como eu próprio exemplifiquei, nomeadamente a da Via Verde, que é necessário alargar, porque
é uma barreira à circulação o facto de a Via Verde não ser já um mecanismo a funcionar na União Europeia.
Com certeza., VV. Ex.as
partilham desta minha opinião.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, faça favor de concluir.
O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Vou já concluir, Sr. Presidente.
Há ainda outros mecanismos como, por exemplo, o que poderá permitir acompanhar a circulação das
mercadorias em todo o espaço comunitário.
Trata-se de um instrumento de fácil generalização, sendo necessário que avance para o âmbito multimodal
de complementaridade, independentemente dos meios de transporte.
Portanto, estando em sintonia, e havendo aqui um alargar de vontades no que diz respeito à
implementação da inovação, no restante confiamos nas instituições.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Também para uma segunda intervenção, tem a palavra a Sr.ª
Deputada Ana Paula Vitorino.
A Sr.ª Ana Paula Vitorino (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Sr. Deputado Adriano Rafael
Moreira, só com muita imaginação é que se consegue concluir, depois de proferidas todas as intervenções,
que existe um grande consenso em torno da matéria. Não foi essa a minha interpretação.
Devo-lhe dizer-lhe que, da minha parte, até há uns tempos atrás, tinha mais fé nestas matérias. Mas sabe
qual é o problema, Sr. Deputado? É que está muito presente a discussão em torno dos chips nas matrículas. É
que a matrícula eletrónica, que os senhores tanto condenaram e tanto combateram, não é mais do que uma
das soluções previstas nesta diretiva! Como os senhores tanto disseram que isso era uma violação da
privacidade e que isso era «ter o Estado no banco de trás» que fiquei apreensiva! E é por isso que o PS quer
saber qual é o parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados, porque os senhores foram muito
veementes quando disseram que estas são soluções de big brother e que temos que ter muito cuidado com
elas.
Aplausos do PS.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Os chips, que saíram pela porta, regressam pela janela!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para intervir, o Sr. Secretário de Estado das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações.