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14 DE MARÇO DE 2013

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O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Isso é a pobreza!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado queira fazer o favor de ouvir quando o Primeiro-Ministro

intervém!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

O Sr. Deputado deve achar que é boa política parlamentar estar persistentemente a fazer comentários e a

interromper. Se a Sr.ª Presidente da Assembleia o não chama a atenção, chamo eu!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas quem é que manda aqui?

O Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe que não é por interromper mais que obtém

melhores resultados.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, normalmente, a Mesa chama a atenção quando o orador já não

consegue ser ouvido, aguardando alguns limites de liberdade que, de facto, neste caso, estavam praticamente

a ser ultrapassados. Mas a Mesa chamará sempre a atenção.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas quem é que manda aqui?

O Sr. Primeiro-Ministro: — Muito obrigado, Sr.ª Presidente.

Se tivermos em linha de conta não apenas a correção do défice externo, não apenas a correção do défice

da conta corrente, os resultados que indiquei há pouco ao Sr. Deputado, recuámos seis pontos percentuais no

défice estrutural. Isto significa, Sr. Deputado, que se nos alhearmos daquilo que são os mecanismos de

automaticidade na economia, envolvendo subsídios de desemprego e, evidentemente, menos receitas da

contribuição para a segurança social — que há de ser, com certeza, um resultado que o Sr. Deputado não

critica, porque deve querer que se deixem funcionar os estabilizadores automáticos quando se está em crise

—, então há de concordar que recuar seis pontos percentuais em défice estrutural é um resultado notável, que

foi apresentado pelos portugueses nestes dois anos. Se o Sr. Deputado não valoriza estes resultados, então, é

porque anda muito distraído!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, eu valorizo todos os resultados,

o senhor é que foge da Grécia com uma rapidez enorme! Se o Sr. Primeiro-Ministro utilizasse o mesmo critério

verificaria que a Grécia atingiu um superavit na sua balança muito mais cedo que Portugal. Isso significa que

está na direção correta? Isso significa que está no bom caminho? Não significa, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro vangloria-se dessa redução na nossa balança. Essa redução é estrutural, Sr.

Primeiro-Ministro? O senhor é capaz de dizer aqui, em público, que essa é uma redução estrutural?