I SÉRIE — NÚMERO 73
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Pergunto-lhe: que metas alcançou? O défice deste ano era aquele que estava contratado? A dívida de
2012 era aquela que estava contratada? Portanto, a realidade dá-nos bastante razão.
Mas, Sr. Deputado, quero também dizer-lhe que, mesmo quando há um programa que termina, o País não
ficará sem nenhuma condicionalidade e o senhor sabe disso.
O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Sei muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — Aquilo de que precisamos é de manter uma trajetória de consolidação
que seja saudável, que seja sustentável e, sobretudo, que tenha em atenção as consequências sociais e as
consequências na nossa economia.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — E o que eu censuro a este Governo é que este Governo esqueceu-se
da economia, este Governo esqueceu-se das pessoas, quis fazer um ajustamento brusco, um ajustamento
rápido, que já vai no dobro daquilo que estava previsto, e é por isso que não consegue apresentar aqui um
único resultado. Mesmo a correção que fez em matéria de défice da nossa balança, fê-lo não por boas razões
mas por más razões, porque o País está a empobrecer e, empobrecendo, naturalmente que a procura interna
baixa drasticamente.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — É por isso que hoje estamos pior do que estávamos e um País que
vai de mal a pior merece a censura deste Parlamento. É isso que o Partido Socialista aqui apresenta.
Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — Zero! É uma vergonha!
A Sr.ª Presidente: — Para uma pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Santos.
O Sr. Miguel Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, com a saúde dos
portugueses não se brinca nem se inventa.
A despesa com a saúde tinha crescido de 5000 milhões de euros, em 2006, para 9,5 milhões de euros, em
2010. A dívida estava nos 3,1 milhões de euros. Passados dois anos, pagaram-se 1932 milhões de euros de
dívidas, mais 400 milhões de euros para incorporação de capital nos hospitais.
Em 2012, desceu o preço dos medicamentos de marca e agora, em 2013, desceu outra vez e de forma
consistente. Poupança para os portugueses, poupança para o Estado. Houve um aumento recorde do
mercado de genéricos, com um preço médio de 6,7 €, houve mais 6,9% de cirurgias programadas, mais 4% de
primeiras consultas, mais 2,7% de consultas subsequentes, mais 94 611 portugueses com médico de família.
Desceu a margem de lucro das farmácias e dos distribuidores. Poupança para os portugueses, poupança para
o Estado.
Sr. Deputado António José Seguro, o anterior Governo, o seu Governo, baixou a margem de lucro das
farmácias mas depois arrependeu-se e voltou a subi-la. Este Governo baixou-a, mas baixou mesmo!
Sr. Deputado, concorda ou discorda? Qual é a sua narrativa?
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.