4 DE ABRIL DE 2013
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O Sr. António José Seguro (PS): — O senhor ou algum membro dessa maioria, o Primeiro-Ministro ou um
Ministro, são capazes de dizer isso quando o vosso Primeiro-Ministro diz à geração mais qualificada de
portugueses que o caminho da emigração é a única solução para o seu futuro imediato?!
Aplausos do PS.
Sr. Deputado, pode ter a certeza que quem está a hipotecar o País, quem está a quebrar a esperança da
geração mais qualificada de jovens portugueses é este Governo. E se o senhor e os seus pares, nessa
bancada, ainda tiverem uma réstia de consciência, estou certo de que votarão a favor da moção de censura
que o PS apresenta nesta Câmara.
Aplausos do PS.
Risos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, segue-se a ronda de perguntas ao Sr. Primeiro-Ministro, pelos
oradores que já identifiquei.
Assim, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado António José Seguro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, se nos faltassem argumentos
para o censurar e ao seu Governo, o que não era o caso, a sua intervenção foi lapidar. Não preciso de
acrescentar absolutamente mais nenhuma palavra.
O senhor está em estado de negação, o senhor contenta-se com as avaliações positivas da troica, mas é
incapaz de reconhecer o mal, o prejuízo que está a causar a este País, com tanta destruição de postos de
trabalho e com tanta destruição de empresas.
Aplausos do PS.
O Sr. Primeiro-Ministro revelou uma autêntica falta de sentido de Estado e pensava que não teria de lhe
recordar, em público, o que lhe vou dizer: o Sr. Primeiro-Ministro sabe que, do lado do Partido Socialista,
nunca esteve em causa honrar os compromissos internacionais, o que sempre esteve em causa foi o caminho
e a estratégia para lá chegar. Dissemo-lo desde o início e, por isso, não lhe reconhecemos nenhuma
autoridade moral nem política para dizer o contrário.
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Os senhores «dão uma no cravo e outra na ferradura»!
O Sr. António José Seguro (PS): — O PS honra os seus compromissos, o PS honra os compromissos do
Estado português e, por muito que o senhor diga o contrário, não é a sua palavra que vale. Aliás, sobre a sua
palavra, os portugueses conhecem muito bem o respetivo valor.
Aplausos do PS.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Tenha vergonha!
O Sr. António José Seguro (PS): — Mas há uma coisa que lhe devo dizer, Sr. Primeiro-Ministro: o senhor
sabe que fiz contactos ao nível europeu,…
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Ao mais alto nível!…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E levou uma «corrida» do SPD!