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I SÉRIE — NÚMERO 73

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Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E é também uma moção irrelevante na consequência, pois não vai

derrubar o Governo, objetivo natural de uma moção de censura, sobretudo do maior partido da oposição,

criando uma crise política, a qual só acrescentaria ainda mais dificuldades às já crescentes dificuldades que os

portugueses enfrentam.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É certo, Sr. Primeiro-Ministro (não o negamos, nunca o negámos!)

que Portugal tem problemas muito sérios ao nível do desemprego; que a deterioração das circunstâncias na

Europa, em particular na zona euro, tem atrasado a esperada retoma da economia; que a situação social e

económica é difícil, mas nada disto se resolve com um segundo resgate, que muito provavelmente seria a

consequência natural se a moção do Partido Socialista hoje fosse aprovada.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É essa responsabilidade que devemos pedir ao Partido Socialista,

quando aqui apresenta esta moção.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que, a nosso ver, num certo

sentido, esta moção de censura é também um moção de censura ao cumprimento dos compromissos

externos, à credibilidade internacional que Portugal readquiriu nos últimos dois anos, ao equilíbrio da balança

comercial, ao equilíbrio das contas públicas, e é sobretudo uma moção de censura ao esforço das empresas,

dos empresários e dos trabalhadores para aumentarem as exportações, diversificarem os seus destinos e

equilibrarem a economia portuguesa, ajustando-se muito mais rapidamente às dificuldades do que o Estado.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, na verdade e num certo sentido, é uma moção ao passado recente, em nome daquilo

que julgam ser uma oportunidade futura, mas que não resolve nenhum, rigorosamente nenhum, problema do

presente.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Era isso que os portugueses esperavam do maior partido da

oposição, de um partido responsável, de um partido do arco europeu, de um partido do arco da

governabilidade e é com essa desilusão que, hoje, os portugueses ficam quando leem o texto da moção e o

discurso do Partido Socialista.

Os portugueses ficam a saber aquilo que o Partido Socialista não quer, que é, no fundo, aquilo que

ninguém desejaria enquanto governo, isto é, políticas rígidas, políticas rigorosas no sentido de controlar a

despesa pública. Mas, hoje, o País também fica a saber que não há da parte do Partido Socialista nenhuma

proposta alternativa. Não conhecemos qualquer alternativa credível que não passe por chavões, com os quais

todos nós concordamos, com certeza, …

Vozes do CDS-PP: — Ora bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … no sentido de que é necessário relançar um círculo virtuoso de

crescimento económico. Quem discorda disso, Sr. Primeiro-Ministro?!