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4 DE ABRIL DE 2013

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora dança com o PS, ora dança com o PSD!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — … ora com um pé no poder, ora com um pé na oposição, defendendo tudo

e o seu contrário.

O sentido de voto do CDS-PP nesta moção de censura é muito importante para clarificar o seu papel neste

Governo. O CDS-PP é e continuará a ser a muleta deste Governo.

Aplausos do PS.

Foi, aliás, penosa a explicação aqui dada pelo Ministro de Estado, e Presidente do PSD, Paulo Portas, para

justificar a incomodidade do seu voto.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Do PP!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Os Srs. Deputados estão muito nervosos! Sim, do Presidente do PP.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Mas quero recordar-vos que o Dr. Paulo Portas iniciou a sua intervenção, fazendo críticas ao PS. Cumpriu

os serviços mínimos para justificar a permanência no Governo, mas terminou a sua intervenção a interpelar o

PS, fazendo as perguntas que, de facto, queria fazer ao Primeiro-Ministro. Foi, de facto, um momento muito

difícil e complexo que aqui vivemos.

Aplausos do PS.

Voltemos, então, às conclusões deste debate.

Uma maioria e um Governo esgotados e em estado de negação e, em alternativa, um PS forte, com um

projeto alternativo, que teve e continua a ter razão no diagnóstico e nas soluções que propõe para Portugal e

para a Europa.

Sobre a maioria, que já só existe neste Hemiciclo, a forma como se deixou isolar no País e submeter na

Europa diz tudo.

O Governo recebeu um mandato dos portugueses, o PS outorgou-lhe todas as condições externas e

internas para o exercer. Fomos sempre uma oposição construtiva e disponível…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

… e, no entanto, o Governo decidiu afastar-se, desde o primeiro momento, do consenso político e social de

que o País precisava.

Aplausos do PS.

Fizeram uma escolha própria e os resultados, sabemos hoje, são uma catástrofe. Uma catástrofe na

economia, uma catástrofe na sociedade, uma catástrofe na credibilidade e autoridade da governação.

Os portugueses sabem que temos hoje um Governo perdido e sitiado, um Governo em fim de ciclo e

incapaz de mobilizar os portugueses para os desafios que nos confrontam.

O País precisa de outro Governo, o País precisa de outras políticas. De um Governo que pare a

austeridade, que estabilize a economia, que concretize, de imediato, um programa de emergência para apoiar

os mais desprotegidos, que seja capaz de renegociar as condições do ajustamento e que se focalize, como

primeira prioridade, numa agenda para o crescimento e o emprego.

Quando o PS enuncia as suas medidas, tal como o fez no debate de urgência, e hoje, aqui, o nosso

Secretário-Geral, António José Seguro, fê-lo também, a bancada da maioria e o Governo tendem a