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4 DE ABRIL DE 2013

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Nós não desistimos de Portugal! Nós não desistimos de ser líderes em indústrias e mercados com elevado

valor acrescentado, na aeronáutica, na mobilidade, nas redes inteligentes, nos setores tradicionais associados

à criatividade e às novas tecnologias.

Os senhores sabem que há muitas pessoas no País que nos estão a ouvir. Há muitas pessoas que sabem

que nós não desistimos e que os senhores desistiram, que os senhores não acreditam nos portugueses e

desistiram de Portugal. Não, nós não desistimos de Portugal!

E mais, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo: não acreditamos, repito, não acreditamos numa

economia de baixos salários que compete em sectores para os quais não temos nem vocação nem tradição.

Não acreditamos nessa estratégia, essa estratégia não é correta para Portugal.

Nós acreditamos em Portugal e nos portugueses. Os senhores, o Governo e maioria, por aquilo que vimos

neste debate, já nem em vocês acreditam.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Outro caminho é

possível e necessário. Um caminho de ambição, um caminho em que Portugal volte a ter voz ativa na Europa

e a ser parte do seu núcleo duro de transformação.

Todos vimos nas respostas que o Sr. Primeiro-Ministro nos deu aqui, hoje, como tantas vezes se

posicionou: não como o Primeiro-Ministro de um país soberano mas como o representante de uma troica em

Portugal.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Nós não aceitamos essa atitude! Queremos ter voz ativa na Europa e é com essa voz ativa, como disse o

meu camarada Francisco Assis, que se começa a mudança e se constrói o sonho, o sonho europeu pelo qual

lutámos e no qual continuamos a acreditar.

Um caminho feito com as pessoas e para as pessoas, que mobilize a força, a criatividade e o empenho de

uma Nação milenar que se orgulha do seu passado, que se afirma na sua identidade e acredita no seu futuro.

Para que a alternativa seja possível, Portugal precisa de um governo e de um primeiro-ministro que tenham

a confiança dos portugueses e que tenham voz na Europa.

Mas a verdade é que aquilo que temos e aquilo a que assistimos hoje, neste debate crucial, foi a um

Governo, bem como a uma maioria, que entrou no grau zero da política.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

É irrelevante o que diz, é irrelevante o que promete, é irrelevante o que anuncia, porque não tem valor e

não tem crédito. Esgotou-se, entrou num ciclo vicioso. Quanto mais esgotado está, maior é o falhanço e,

quanto mais falha, maior é o esgotamento.

Sr.as

e Srs. Deputados, o Governo pode não cair hoje. Provavelmente, o Governo não vai cair hoje. A

maioria absoluta, que já só existe neste Hemiciclo, pode alimentar o coma deste Governo, mas não impede

aquilo que já todos perceberam — até a maioria já percebeu —, isto é, que em energia, em força

transformadora este Governo já não existe, este Governo já caiu.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Este é um dos motivos da nossa moção de censura: selar o fim deste Governo, um Governo que, mesmo

que continue, já acabou. É como uma lei a que ninguém liga: morreu por caducidade, está mas já não o é. Ou,

pelo contrário, o Governo ainda é alguma coisa, é um obstáculo para que Portugal saia da crise.

Aplausos do PS.