13 DE ABRIL DE 2013
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Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — O PSD como o CDS há muito que reivindicam este debate, tendo proposto,
inclusive, uma comissão eventual parlamentar para se discutir a reforma do Estado.
Vozes do PSD: — Bem lembrado!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Lamentavelmente, todos os partidos da oposição — PS, PCP, BE e Os
Verdes — demitiram-se das suas responsabilidades ao recusarem-se a fazer parte dela.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Com esta atitude irresponsável e antidemocrática perderam os portugueses
e Portugal.
Ao contrário de outros com especiais responsabilidades no estado a que o País chegou, não nos
esquecemos que a assinatura do Programa de Ajustamento Financeiro comprometeu internacionalmente o
País na concretização de um conjunto de medidas diretamente relacionado com a redução efetiva da despesa
pública.
Não vale a pena iludirmo-nos, nem iludir os portugueses, quando todos sabemos que grande parte dos
desequilíbrios estão diretamente relacionados com a insustentabilidade do Estado social, que representa 46%
do total da despesa pública.
Os partidos da oposição bem podem continuar entretidos a construir discursos alarmistas, mas a retórica
não resolve os problemas, nem é por ai que encontraremos o caminho para mantermos o Estado social.
Vozes do PSD: — Exatamente!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Estamos empenhados em encontrar o melhor caminho e, em nome desse
objetivo, nestes últimos 22 meses, o Governo concretizou um conjunto de reformas relevantes para que, a
médio e longo prazos, se consiga um maior equilíbrio das contas públicas, como seja o novo Código do
Trabalho, a nova Lei da Concorrência, a lei do arrendamento, o Código da Insolvência e Recuperação de
Empresas, a nova Lei da Arbitragem Voluntária e muitas outras mais.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O Estado social não é propriedade de ninguém. Não! É
propriedade de nós todos.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Por isso é que, mesmo discordando, temos de o discutir. Aqueles que
simplesmente se recusam a fazê-lo, aqueles que simplesmente se recusam a encontrar as melhores soluções,
em nada, rigorosamente em nada, contribuem para concretizarmos algo que a todos nos obriga: sair
rapidamente desta crise, voltar a ter mais crescimento económico e criar empregos, porque sem crescimento
económico e emprego não é possível gerar as receitas necessárias para sustentar o Estado social que
queremos.
Pensamos, por isso, que este é o momento oportuno, este é o momento decisivo, esta é a nossa janela de
oportunidades para refletirmos sobre o que queremos para o nosso futuro.
Este, sim, é o nosso grande desafio. Este, sim, é o caminho correto.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Sá.