O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE ABRIL DE 2013

37

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Afonso Oliveira.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Almeida, queria cumprimentá-lo pela

forma como colocou a questão e pelo tema que aqui trouxe hoje, que é um tema da maior importância na

atualidade.

Antes de lhe colocar as questões, não resisto a fazer um comentário à intervenção do Sr. Deputado

Bernardino Soares, pois parece-me que foi uma espécie de cena de ciúmes. Tanto falam de amor, tanto falam

da relação entre o PS e o CDS que se percebe que existe uma parte de ciúmes. Estou quase tentado a sugerir

ao Dr. Fernando Costa, em Loures, para lhe enviar uma carta de amor, Sr. Deputado Bernardino Soares, em

face da sua referência e da sua preocupação relativamente à carta entre o PS e o CDS! Bom, mas isto fica

para outro momento.

Permita-me, ainda, Sr. Deputado João Almeida, que faça um comentário em relação ao que disse o Sr.

Deputado João Galamba, que não se encontra agora aqui presente, mas tenho mesmo de fazer este

comentário. O Sr. Deputado demonstrou, mais uma vez, aliás, é tudo o que o PS faz hoje, aqui, no Plenário,

um comportamento duplo, uma dupla personalidade. É sistemático e, hoje, mais uma vez, aconteceu.

Relativamente aos objetivos das políticas que se pretendem, estão sempre de acordo, concordam com tudo;

relativamente às medidas concretas, estão sempre em desacordo. É uma atitude permanente, o País sabe

que é assim e que não pode contar com o Partido Socialista.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é conversa de «pau-de-cabeleira»! Há aqui um ciumezinho!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Mas, agora, se me permite, Sr. Deputado João Almeida, vamos, então, à

questão que me parece importante. Estamos hoje, aqui, a falar de consensos. O Sr. Deputado trouxe o tema

do consenso e a importância que ele tem para o País, no momento que o País atravessa.

A pergunta que lhe faço é esta: de que forma vê esta atitude dupla do Partido Socialista? E, com a

preocupação que nos coloca este comportamento, como é que vê a importância desse consenso para os

desafios que o País tem pela frente? Parece-me que é um tema da maior importância e que os portugueses

querem uma resposta sobre este tema.

Esta questão de o Partido Socialista ter dupla personalidade e duplo comportamento é importante, decisiva,

e espero que assim não continue. Nenhum de nós está a ouvir aquilo que está a ser dito pelo Sr. Secretário-

Geral do Partido Socialista e, portanto, até podemos estar aqui a falar sobre esta matéria sem essa informação

da maior importância, mas a verdade é que é importante que quem lidera o Partido Socialista tenha uma

atitude correta no momento em que o País precisa de todos para o desafio que temos pela frente.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa

Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Pinho de Almeida, vou pegar

nas últimas palavras do Sr. Deputado do PSD e começar o meu pedido de esclarecimento dizendo que, por

falar em duplo comportamento, gostava de colocar uma pergunta ao Sr. Deputado.

Se porventura existirem propostas do Governo no sentido de aumentar a idade da reforma, de cortar 6% no

subsídio de desemprego e 5% no subsídio de doença, de aplicar uma tabela única salarial, de continuar o

desemprego na função pública continuar, de aumentar o horário de trabalho, e por aí fora, o Sr. Deputado

considera que o CDS continua a ter condições para se manter no Governo?

É que deu-me ideia que o Sr. Deputado, na tribuna, reconheceu que temos mais dívida, mais desemprego,

mais recessão — o Sr. Deputado não disse mas eu digo —, que temos mais pobreza e mais miséria social.