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I SÉRIE — NÚMERO 86

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Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados: Gostaria de começar, obviamente, por cumprimentar o PCP, dizendo que a empresa CTT —

Correios de Portugal são algo que olhamos com carinho e é, para nós, uma empresa relevante no contexto

nacional.

Mas chamar criminosas às políticas que, pura e simplesmente, divergem ideologicamente do Partido

Comunista Português, parece-me manifestamente excessivo.

Aplausos do CDS-PP.

Gostaria, pois, de dizer, como é óbvio, que criminoso seria não retirar nenhuma consequência da evolução

dos tempos, não retirar nenhuma consequência da reestruturação da sociedade portuguesa e não adaptar a

empresa à realidade da procura e da oferta e, ao mesmo tempo, garantindo o futuro da empresa, o futuro dos

correios e o futuro dos trabalhadores.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isso é que talvez fosse considerado criminoso. Mas não é disso que se

trata.

Quero aqui fazer justiça a todas as bancadas no sentido de que, pelo que tive oportunidade de ouvir,

tiveram o cuidado de fazer perguntas preocupados com o encerramento de um ou de outro posto dos correios.

Quero dizer que, segundo a Associação Nacional de Freguesias, não é verdade, como diz o PCP, que esteja

em causa a confidencialidade do correio.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Pode estar! Pode estar!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isso é, mais uma vez, excessivo, alarmista e carece de prova!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Temos casos concretos!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Porquê? Porque nas lojas contratualizadas cabe aos correios — e cá

estaremos para exigir que os correios cumpram, com o máximo de rigor, esse papel — a fiscalização, para

que em momento algum, em algum posto de correios, esteja em causa a confidencialidade, o tempo, o prazo e

a acessibilidade ao serviço.

Significa que estamos perante uma adaptação à realidade, estamos perante um novo serviço que as juntas

de freguesias, porventura mais de 1000 — não tive o cuidado de ver ao certo o número —, que hoje já

oferecem aos seus cidadãos um conjunto de serviços, passarão também a prestar o serviço de correios.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E quantas dessas freguesias é que vão acabar?

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isso tem a ver com um conjunto de privados, que passam a ter na sua

oferta de serviços,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ah, pois, para eles é bom!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … também a prestação de serviços de correios em tempo, em

segurança, em confidencialidade, tal como acontece hoje.