I SÉRIE — NÚMERO 89
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neste momento não existe — e que venham ajudar a colmatar muitas das dificuldades que foram deixadas
pelo seu Governo, Sr. Deputado, pelos investimentos excessivos e injustificados que, muitas vezes, foram
feitos, mas que ficam e que geram dívida.
O Sr. Ramos Preto (PS): — Isso não é verdade!
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — Sr. Deputado,
em relação à responsabilidade do PS, eu não gostaria de estar aqui a desfiar essa matéria,…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Ministra.
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — … gostaria,
sim, de assistir a uma atitude responsável por parte do Partido Socialista na colaboração para consertar um
setor para dar às pessoas, aos cidadãos, o que eles merecem e a que têm direito, que é água de qualidade,
tratamento das águas residuais e tratamento dos resíduos, como impõem as políticas de ambiente.
A terminar, queria dizer às Sr.as
Deputadas Paula Santos e Helena Pinto que de duas, uma: ou assumimos
que não pagamos dívidas ou assumimos que as dívidas têm de ser pagas por alguém.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — Terminarei,
Sr. Presidente.
Quando a Sr.ª Deputada Helena Pinto diz que tem de ser o Estado a responsabilizar-se pelo financiamento
dos sistemas,…
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Também tem!
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — … o que lhe
posso dizer é que é isso que tem acontecido e é por isso que temos uma dívida de 3000 milhões de euros do
Grupo AdP que demorará 93 anos a pagar, se nada for feito para reestruturar o sistema e para que ele reflita
exatamente os custos que com ele se incorre.
Protestos da Deputada do BE Helena Pinto.
Até porque, Sr.ª Deputada, o Estado somos todos nós. Se não quer que sejam os consumidores de água a
pagar, então quer que sejam os contribuintes a pagar? É isso que a Sr.ª Deputada quer? Quer como?
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Ministra.
A Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: — Só para
terminar, Sr. Presidente, gostaria de dizer que, com certeza, somos profundamente sensíveis às questões
sociais e é por isso que um dos princípios que está agora na Lei Orgânica da ERSAR é a necessidade de ter
uma tarifa social e uma tarifa que reflita também a dimensão do agregado familiar.
Está nas mãos dos Srs. Deputados fazer valer esses princípios na lei que, depois, será a lei de orientação
do regulador, porque — e volto a dizê-lo —, independentemente de se concordar ou não com o modelo de
concessões, que é isso que está em cima da mesa, esta fase teria de ser feita por qualquer Governo.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminada a discussão, na generalidade, da
proposta de lei n.º 140/XII (2.ª), vamos passar à apreciação do Decreto-Lei n.º 13/2013, de 25 de janeiro, que
altera os regimes jurídicos de proteção social no desemprego, morte, dependência, rendimento social de