O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 99

36

O Sr. Primeiro-Ministro disse que levaria Portugal ao crescimento. Em 2012, em 2013, em 2014… sabe-se

lá em que ano!? Não há, de facto, uma réstia de crescimento; há apenas recessão total.

E nós não devemos ter medo das palavras, Sr.ª Deputada! Nós não estamos aqui a fazer críticas pessoais;

estamos aqui a fazer críticas políticas.

Por isso, gostava de lhe dizer que esta obsessão do PSD em querer seguir as formigas no carreiro até ao

precipício é fatal para o País…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Nem as formigas fazem isso!

O Sr. José Junqueiro (PS): — … e, devo dizer, é fatal para o próprio PSD.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Não há, hoje, nenhum dirigente de prestígio do PSD que tenha exercido

funções no PSD que não esteja a criticar a política do seu partido!

Aplausos do PS.

Sr.ª Deputada, indique-me um nome, um só nome de um ex-presidente do PSD, de um ex-ministro do PSD,

de gente do PSD que tenha tido relevo político e responsabilidades no País que seja capaz de, publicamente,

vir aqui, a este Parlamento, ou à praça pública dizer que aquilo que os senhores estão a fazer é correto. Não!

Aquilo que os senhores estão a fazer é absolutamente incorreto!

Sr.ª Deputada, para terminar gostava de lhe lembrar o seguinte: críticas políticas não são críticas pessoais.

Relativamente ao mês de março — não sei se a Sr.ª Deputada estava a referir-se ao dia 6, ao dia 9 ou ao

dia 23 —, gostava de lhe dizer que os Chefes de Estado e de Governo da Europa, o Banco Central Europeu e

a Comissão Europeia aprovaram ao Governo português um pacto de estabilidade e, mais, disseram que

podiam escolher entre a Grécia e a Irlanda ou entre Espanha e Itália, o que quer dizer que nós tínhamos

recurso ao Fundo Europeu de Estabilidade, como, aliás, o ex-Deputado Lobo Xavier referiu recentemente.

Ora, o que aconteceu foi que aquilo que a Europa aprovou os senhores conduziram à reprovação neste

Parlamento, porque queriam a entrada da troica e queriam esta solução para criar uma agenda neoliberal que

conduziu ao estado em que nos encontramos.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do CDS-PP.

Sr. Deputado Hélder Amaral, faça favor.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, não é bonito o Partido

Socialista, como grande partido que é e com as responsabilidades que tem, tentar plagiar o Partido Comunista

Português.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isto porque, se pudéssemos fazer uma rebobinagem do debate,

ouvimos o Sr. Deputado João Oliveira abandonar a expressão «pacto de agressão» e já dizer «pacto da

troica» e eu temo que, na próxima intervenção de V. Ex.ª, o senhor diga «pacto de agressão». É a inversão

completa dos papéis!

Risos do CDS-PP.