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7 DE JUNHO DE 2013

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Não fica bem ao Partido Socialista português vir fazer um discurso como quem não tem nem quer ter

soluções, não quer governar e está, claramente, do lado daquela que é a prática da não governação.

V. Ex.ª disse da tribuna, quase a terminar a sua intervenção: este pesadelo tem solução. A pergunta que

me ocorre fazer-lhe é a seguinte: qual? O Sr. Deputado é capaz de nos adiantar qual é a solução que tem para

este pesadelo, como intitula?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quero também dizer-lhe que o CDS nunca defendeu, nem nunca quis,

alienar a soberania do Estado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Pelo contrário!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A presença da troica em Portugal e o Memorando de Entendimento são

a consequência da governação de seis anos do Partido Socialista.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sempre o dissemos!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não há outro entendimento sobre esta matéria!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Portanto, Sr. Deputado, é evidente que a queda do investimento é

preocupante — estamos de acordo —, que a queda do consumo é preocupante — estamos de acordo —, que

até o desemprego é, de facto, um drama — também estamos de acordo. Agora, para um partido com a

responsabilidade do Partido Socialista conseguir fazer um rol como quem está a fazer um comentário de uma

tempestade 15 dias depois, em vez de vir reconhecer, por exemplo, que neste 1.º trimestre — números nunca

antes atingidos desde 2008 — abriram mais empresas do que as que encerraram, não está correto.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que quero perguntar-lhe é se está ou não disponível para reconhecer

— não nesse discurso fatalista, mas num clima de confiança, porque o clima de confiança para a economia é

fundamental para recuperarmos deste drama! — este pequeno esforço das empresas, dos trabalhadores e do

tecido empresarial português.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Está ou não disponível para ajudar o Governo naquela que é a reforma,

que queremos fazer, no IRC, neste crédito fiscal, que mais não é do que um pequeno mas grande sinal para a

economia e para o tal clima de confiança, porque o que se pretende é criar condições para o investimento,

criar condições para o emprego, criar condições para o crescimento económico, que é algo que, julgo, V. Ex.ª

concorda connosco, quer e deseja?

Lanço-lhe, pois, o repto no sentido de o convidar a um debate sereno, um debate útil, um debate que

interessa ao País e não essa disputa de quem é que foi mais certeiro nas críticas e quem é que conseguiu

fazer melhor um cenário dramático ou um teatro dramático. Isso fica-lhe mal, Sr. Deputado.

Deixe esse papel para a esquerda mais à esquerda e venha, por favor, a um debate sério e sereno sobre

as soluções para o País.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Cá está o convite para namorar. É um «namoro à janela», mas já há convite!