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7 DE JUNHO DE 2013

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Vozes do PSD: — Exatamente!

Vozes do PS: — Oh!

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Parece-me estranho, devo dizer-lhe, que um partido com responsabilidades

históricas, que um partido com responsabilidades governativas e que um partido com o lastro democrático do

Partido Socialista se torne num partido da negação, num partido do radicalismo, num partido do situacionismo

utilitarista e bacoco.

Não podemos deixar de salientar o facto de o Partido Socialista ter abdicado ao longo destes meses, em

particular ao longo desta semana e nesta declaração política em especial, de apresentar propostas que vejam

a realidade não por um óculo que agiganta os problemas, não pela política do «quanto pior melhor» e, pior do

que isso, que não tenha apenas a vertigem eleitoral e o único leit motiv da sua tática política.

Era muito importante — e o PSD teria gostado muito de ouvir — que se pudessem ter pronunciado sobre

matérias como equilíbrio orçamental, reforma fiscal, reforma do Estado, investimento seletivo e reprodutivo,

aprofundamento do projeto europeu.

Era importante também ter percebido nesta declaração política, que faz o balanço dos últimos dois anos, se

esta invetiva de pensar na redução da austeridade e até na flexibilização das metas orçamentais quer dizer

para o Partido Socialista que querem um segundo resgate. Isso, nós gostávamos de perceber: se querem ou

não um segundo resgate.

Diria também que estamos a meio da Legislatura, estamos com dois terços do ajustamento cumprido e que

no PSD não há pântanos. No PSD, não há pântanos e, por isso mesmo, esperamos que o Partido Socialista

tenha mais a dizer para que não pensemos todos como Luís Amado, que diz que o Partido Socialista é o

partido da imaturidade democrática. É que não há planícies ideológicas, é um facto, mas a verdade é que o

interesse nacional deve estar, seguramente, acima dos interesses partidários.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Nilza de Sena, concluo, pela sua

declaração, que não pergunta, que o PSD continua num estado de negação completo.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Total! À semelhança do Governo!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Gostava de lhe lembrar que a campanha eleitoral que o PSD fez — e o Sr.

Primeiro-Ministro, enquanto candidato ao cargo — foi uma campanha dolosa (estou a medir bem o que estou a

dizer-lhe),…

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — … porque tudo o que ele prometeu na campanha foi feito ao contrário, Sr.ª

Deputada.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Foi um embuste!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Olhe: vai despedir os funcionários públicos, cortou nos subsídios, corta nas

reformas,…

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — … corta em tudo e mais alguma coisa, mas nada disso foi prometido.