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19 DE JUNHO DE 2013

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Aplausos do PS.

O País tem sido sujeito a uma das mais graves e absurdas fixações políticas que algum governo jamais

ousou. E tudo em nome de um lunático tecnocratismo europeu, falaciosamente suportado num ignorado rigor

técnico ou até científico.

Mas se por mera hipótese académica, não demonstrada, admitíssemos ser esse o caminho, como explicar,

Sr.as

e Srs. Deputados, à luz dos mesmos invocados critérios, o não pagamento do subsídio de férias no

momento aprazado? Onde entra o rigor e a sustentação técnica se o próprio Primeiro-Ministro nos informou

que havia dinheiro para o fazer?

Por muito que custe admitir ao Sr. Deputado Luís Montenegro, arauto de explicações à medida, e à maioria

parlamentar que suporta o Governo, as únicas explicações são uma insuportável ideia de vingança sobre uma

decisão do Tribunal Constitucional e o preconceito ideológico contra funcionários do Estado e pensionistas.

Aplausos do PS.

O Governo insiste em martirizar o País, agindo contra todas as evidências, contra a economia,

desprotegendo as pessoas quando elas mais precisam de resguardo social.

Mas há mais exemplos de desnorte e arrogância diante de decisões de outros órgãos.

Veja-se o caso dos exames nacionais no nosso sistema de ensino, em que a comissão arbitral não validou

a pretensão do Governo, diante de uma marcação de greve dos professores. Como explicar a teimosia insana

de um Governo que não demonstra a sensatez de mudar a data de exames atempadamente como o devia e

podia ter feito?

Aplausos do PS.

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Já estavam marcados desde o início do ano.

O Sr. António Braga (PS): — Nunca a questão da greve podia ou devia ter sido razão para perturbar uma

etapa decisiva no percurso escolar dos alunos que arduamente se prepararam para esses momentos,

simplesmente porque sempre esteve ao alcance do Governo a possibilidade de mudar a data, como ficou,

aliás, sempre bem patente das posições públicas que as partes em conflito enunciaram.

Não foi a greve que causou a principal perturbação, foi a atitude do Governo, ao não acautelar e proteger o

interesse dos alunos e das famílias.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, o País não pode continuar por este caminho.

Todos sabemos, além do mais, da situação explosiva por que passam as nossas famílias, as empresas, as

pessoas.

Todos lemos e conhecemos os resultados traduzidos nos piores números do desemprego, de falências, de

pobreza extrema de muitos milhares de cidadãos.

Por nós, o País não continuará a caminho do abismo. Denunciaremos sem desfalecimento e não

desistiremos de apresentar propostas, como as que fizemos ao Orçamento retificativo, pese embora

estejamos diante de um Governo esgotado, desprestigiado, sem norte.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António Braga (PS): — Quatro propostas fundamentadas para minorar efeitos nefastos das políticas

do Governo contidas naquela proposta de lei: alterações ao IVA da restauração; prorrogação no tempo do

subsídio social de desemprego; pagamento devido do subsídio de férias e a adequação da lei dos

compromissos.