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19 DE JUNHO DE 2013

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Como dizia, ao Partido Social Democrata foi confiada a difícil e espinhosa tarefa de equilibrar as contas

públicas.

O trabalho patriótico que este partido está a fazer no Governo não merece, de facto, a interpretação que o

Sr. Deputado fez, e que não tem qualquer fundamento, de que queremos atacar os portugueses. É

exatamente o contrário.

Para terminar, Sr. Presidente — já percebi que me distraí com o tempo —, só queria responder à questão

da greve dos professores.

Como o Sr. Deputado sabe, o processo de exames não é um dia único e singular. É um encadeamento de

todo um processo de avaliação que tem dias consecutivos marcados e tem atos consequentes por parte dos

professores.

Portanto, quando a greve é marcada para um dia de exames, entendemos, de facto, que foi uma muito má

escolha, independentemente do direito inalienável de greve, entendemos que os sindicatos fizeram uma má

opção e como não havia garantia…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Como dizia, como não havia garantia de que não haveria greve em dia anterior, julgo que o processo teve

este desfecho bastante infeliz.

Mas aquilo que queríamos saber, e não soubemos, foi a opinião do Sr. Secretário-Geral do Partido

Socialista relativamente a este facto. Soubemos que ele afirmou que não tinha opinião, mas há quem tenha e

vou recordar-lhe…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, já ultrapassou largamente o seu tempo.

O Sr. Miguel Santos (PSD): — … que o Sr. Deputado Francisco de Assis tem opinião e diz

nomeadamente o seguinte: «considero ignóbil a convocação de uma greve de professores para o primeiro dia

de exames nacionais. É como se os médicos decidissem fazer greve às urgências hospitalares.

Incompreensível, indigno e inaceitável!».

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Qual é a sua opinião, Sr. Deputado, uma vez que o seu Secretário-Geral

não a tem?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Braga.

O Sr. António Braga (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Santos, gostaria de começar por dizer-

lhe que está a ler mal a história, e é uma história recente, nem é muito antiga, pelo que não havia nenhuma

dificuldade em saber que, por exemplo, o Governo do Eng.º António Guterres recuperou o País de uma

situação de um défice de 7% que o Sr. Prof. Cavaco Silva tinha deixado, e que o Governo do Sr. Eng.º José

Sócrates recuperou o défice de cerca de 7% que os Governos do Drs. Durão Barroso e Santana Lopes tinham

deixado.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. António Braga (PS): — Sr. Deputado, a história é sobretudo importante para tirarmos lições dela,

não é para o Sr. Deputado fugir da presente situação concreta, por que lhe cabe a si responder, que é o apoio

político a este Governo.