19 DE JUNHO DE 2013
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Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Administração
Interna.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Fazenda, como não sou
burocrata, diria, politicamente, que o Relatório Anual de Segurança Interna de 2012 passava bem sem esta
frase. Não vou explicitar, evidentemente, matérias como aquelas que o Sr. Deputado referiu, nem o Sr.
Deputado o espera, em bom rigor — eu sei disso.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Ficava para a história!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Em todo o caso, queria dizer-lhe que — não é pelo facto de
estar no Relatório, ou não — preocupante, preocupante seria se não tivéssemos algumas cautelas em
matérias como esta. E mais não digo.
Se o Sr. Deputado me pede a opinião — como sabe, o Relatório não tem origem, não é redigido no
Ministério da Administração Interna, muito embora, evidentemente, as forças e os serviços de segurança
tenham colaborado intensamente na elaboração do mesmo —, devo dizer que partilho da opinião do Sr.
Deputado. Era dispensável esta frase, sobretudo porque, como é compreensível, não se pode ir além daquilo
que está no Relatório e o que lá está tanto faz estar como não estar. Mais valia não estar.
Portanto, sobre essa matéria, a única coisa que posso dizer é que, sim, registaram-se situações dessa
natureza; sim, registaram-se situações dessas que foram acompanhadas de situações similares noutros
países. Foram situações sub-reptícias, não feitas de forma direta. E queria sublinhar, ainda, que os serviços de
informação, no âmbito da missão legal que lhes está cometida, estão atentos a essas matérias.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes
Soares.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Apreciar
hoje o Relatório Anual de Segurança Interna é uma das poucas oportunidades que esta Câmara teve, na
presente sessão legislativa, para discutir as questões ligadas à administração interna. E aproveitá-la para
saudar o trabalho das mulheres e dos homens das forças de segurança deste País nunca é uma oportunidade
desperdiçada, pelo que gostaria de, neste momento, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Social
Democrata, saudar o esforço, o empenho, a competência e o mérito das forças de segurança deste País.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Numa altura em que atravessamos uma grave crise económica e financeira, a manutenção da paz social
tem sido uma característica deste País. Tal em muito se deve à atuação do Ministério dirigido por V. Ex.ª, mas
deve-se, sobretudo, Sr. Ministro, se me permite, à atuação das forças de segurança, que não podemos deixar
de saudar.
Como V. Ex.ª já teve oportunidade de dizer, um clima de estabilidade e paz social, um clima de um País
seguro — não o clima do «país do Dr. António José Seguro — é absolutamente fundamental para que o
turismo possa prosperar, para que possa haver captação de investimento estrangeiro, para que Portugal
tenha, nos índices na Europa e em todo o mundo, um lugar de reputação no que diz respeito aos índices de
criminalidade.
Referindo-me concretamente ao Relatório Anual de Segurança Interna, Sr. Ministro, gostaria de destacar a
redução dos números da criminalidade geral e, sobretudo, a redução dos números da criminalidade violenta —
a criminalidade violenta desceu quase 8%, de 2011 para 2012, facto que não podíamos deixar de registar.