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19 DE JUNHO DE 2013

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vamos ter mais ocorrências violentas comparadas com as que alguma vez tivemos!». A verdade é que não

tivemos, e ainda bem que assim é. Esse é um dado relevante e positivo para registar.

É um dado que é mérito de quem? Na minha opinião, é mérito, em primeiro lugar, dos portugueses pelo

civismo que vão mantendo e, em segundo lugar, das nossas várias forças de segurança pela elevada

competência, dedicação e empenhamento.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Do Governo é que não é!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O mérito é, obviamente, em larguíssima medida, das forças de

segurança pela capacidade e competência.

Mas, se reconhecemos este dado positivo, há, no entanto, que aproveitar para fazer algumas reflexões.

A primeira é a seguinte: este é um modelo que funciona e por isso, do ponto de vista da reestruturação, na

nossa opinião, no essencial deve ser mantido. Ou seja, aproveitando a experiência das várias forças de

segurança, a partir dessa experiência e de uma realidade centrada em várias forças de segurança, o modelo

deve ser continuado.

Por outro lado, também compreendemos que pode ter de haver reestruturações, pode ter de haver

alterações pontuais, porque há aqui tendências… E nós sabemos, Sr. Ministro, que a estatística vale o que

vale. Numa localidade onde existiram dois crimes, se existirem no ano seguinte quatro, a criminalidade

aumentou 100%. No entanto, não deixam de ser dois crimes ou quatro crimes. Por isso, a estatística vale o

que vale.

Mas há indicadores de preocupação em relação ao que tem sido referido como uma certa interiorização ou

ruralização da criminalidade e que, acho, devem merecer alguma atenção, tal como deve merecer atenção o

dispositivo exato no terreno, sendo que já aqui temos falado várias vezes na utilização dos homens,

designadamente da GNR, na capacidade de a GNR estar ainda mais no terreno e na necessidade de manter

esta lógica de proximidade que tem vindo a ser referida.

Em relação ao número de efetivos, vou poupar tempo, não vou alongar-me, até porque o Sr. Deputado

Filipe Neto Brandão já levantou essa questão. De resto, o Sr. Deputado nunca está tão bem como quando

levanta as preocupações do CDS e permita-me que lhe diga que são alguns dos seus melhores momentos, do

meu ponto de vista!

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Não é só o CDS que critica o Governo!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Quando o Sr. Deputado falou quase que em nome do CDS, dizendo

quais são as preocupações do CDS, por um lado, o Sr. Deputado está melhor do que nunca e, por outro,

dispenso-me de fazer muitos mais comentários. Limito-me a cumprimentá-lo e a agradecer a ajuda que me dá

e que me permite poupar bastante tempo!

Risos do CDS-PP.

É evidente que estes resultados não são estritamente resultado…

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — É que o CDS tem criticado o Governo!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Quando o Sr. Deputado alerta as boas preocupações, está sempre

bem! Nunca esteve tão bem!

Portanto, permita-me que o elogie. Não me leve a mal.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É o profundo Bilderberg!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Eu não o elogiei a si, Sr. Deputado João Oliveira, nem o elogiaria

nunca. Eu consigo não tenho elogios para fazer, peço desculpa.