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19 DE JULHO DE 2013

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O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — … mas também de um excesso de intervenção do Estado na

economia e de um desequilíbrio profundíssimo das nossas finanças públicas.

Vozes do PSD e CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Foi isso que nos conduziu o desemprego, que tanto preocupa o Sr.

Deputado, mas que tão poucas soluções traz para o resolvermos, que tanto nos preocupa a nós e que tanto

temos feito para travar esse flagelo que tem atraído a sociedade portuguesa.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado de Os Verdes José Luís Ferreira.

Sr. Deputado, deixe-me ler-lhe alguns resultados que merecem ser realçados e que são um sinal de

esperança: «Há dois dia o Banco de Portugal reviu em alta o desempenho da economia portuguesa em 2013»;

«ontem mesmo, os dados do INE indicaram que a recessão está a desacelerar»; «as exportações estão a

crescer com vigor e as importações a diminuir a um ritmo mais lento»; «os indicadores do clima económico

têm vindo a melhorar progressivamente»; «as contas externas estão em terreno positivo, depois de um défice

externo de mais de 40 anos»; «a taxa de poupança dos privados atinge máximos históricos»; «a produção

industrial recupera»; «a perda de emprego está a reduzir significativamente, sobretudo no setor privado», e há

muitos mais sinais positivos, por mais que o Sr. Deputado não os queira ler e não os queira entender.

Mas não é de agora, há muitos anos que os Srs. Deputados têm dificuldade em ver os sinais positivos que

os portugueses lhes atiram aos olhos!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PS.

Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, faça favor.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS) — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo,

Sr.as

e Srs. Deputados: O Sr. Primeiro-Ministro participa hoje no debate desta moção de censura como que

sofrendo de uma grave doença de alheamento da realidade.

Parece que não passou dois anos a governar; parecia, mesmo, que teria tomado posse ontem, ou talvez há

poucos dias;…

Aplausos do PS.

… parece que, ao longo dos últimos dois anos, não incumpriu todas as suas promessas eleitorais, o

famoso corte nas gorduras do Estado com que despudoradamente se apresentou a eleições; parece que não

duplicou a austeridade do tal Memorando que refere e que os senhores, na altura, diziam ter sido o partido que

mais influenciou os termos do Memorando. Não satisfeitos com isso, duplicaram a dose de austeridade, como

Vítor Gaspar voltou orgulhosamente a mostrar na Comissão de Orçamento e Finanças, com um gráfico que

ficou na memória de todos nós e com resultados que o senhor, manifestamente, parecia hoje ter esquecido!…

A saber, com praticamente meio milhão de empregos destruídos, com a dívida pública numa trajetória de

grave risco. Só no ano de 2012, os senhores prometiam uma dívida pública em 106% do PIB e ela acabou em

mais de 123% do PIB; têm o recorde do maior ano orçamental de aumento da dívida pública de que há

memória, fruto da vossa política recessiva, fruto da espiral recessiva em que colocaram o País ao longo dos

últimos dois anos.

Tudo isto para quê, Sr. Primeiro-Ministro? Para pôr as contas públicas em ordem? Então, se a dívida

pública, em percentagem do PIB, dispara e se o défice é muito maior do que aquele que encontrou há dois