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25 DE JULHO DE 2013

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O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O que lhe pergunto, Sr. Deputado Alberto Martins, é se os Deputados

do Partido Socialista ainda não perceberam que assim não vão lá, que a lógica da estrita intriga política não

resolve nada e não nos leva, nem ao Partido Socialista, nem a nós, a lado nenhum.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. António Braga (PS): — Dê lá um conselho!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Se os seus colegas de bancada permitirem que ouça as minhas

perguntas, gostava de lhe fazer ainda algumas perguntas concretas. É evidente que, em relação a este

processo negocial, aberto pelo Sr. Presidente da República, a ideia que nos fica é a de que o Partido

Socialista fez uma coisa que lhe é típica: rompeu unilateralmente as negociações e, a seguir, tentou pôr as

culpas nos outros, ou seja, saiu e, depois, disse «não, não, eu saí, mas a culpa é deles».

Ora, o processo que foi aberto visava cumprir o Memorando de Entendimento, como aqui foi dito, e bem,

porque é verdade, ou seja, o processo visava cumprir o Memorando de Entendimento.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ora bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O que lhe pergunto — é uma pergunta concreta, Sr. Deputado Alberto

Martins — é o seguinte: o que é que o PS estava disponível para fazer no sentido de cumprir esse mesmo

Memorando? O quê?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ora bem! Diga lá!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Os senhores dizem sempre «não aceitamos a austeridade, não

aceitamos os cortes de 4700 milhões», mas, Sr. Deputado, diga-nos, por favor, porque também não sei: os

senhores aceitavam o quê? Que cortes?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É que aceitaram! Está escrito!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Quanto é que aceitavam? Aceitavam 500, 1000, 2000 milhões? O que

é que os senhores estavam dispostos a aceitar? O que quer que seja, diga-nos. O que é que os senhores

estavam dispostos a aceitar para cumprir o Memorando? É que, aparentemente, os senhores não estavam

dispostos a coisa nenhuma.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Estavam, estavam!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas, então, que digam!

Risos do CDS-PP.

Objetivamente, Sr. Deputado Alberto Martins, o Partido Socialista parece ter duas respostas para tudo, seja

o que for: «Não queremos mais austeridade» — resposta fácil — e «queremos eleições». O problema é que

essa vossa resposta política — e estou a discutir consigo politicamente, Sr. Deputado, com a simpatia e a

consideração que tenho por si — representa duas coisas. Desde logo, chegaríamos a eleições muito pior do

que estamos hoje — todos os sinais são inequívocos nesse sentido, até a resposta dos mercados e da bolsa à

situação de estabilidade que a maioria foi capaz de encontrar.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!