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I SÉRIE — NÚMERO 1

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E este caos chegou à economia social, reportando-me à que emana da força de trabalho das redes de

equipamentos de solidariedade social. Sem a atualização dos acordos e com a aprovação do aumento de

vagas, com o corte de subsídios e de prestações sociais, o horizonte de equilíbrio das instituições está a ruir

rapidamente. São conhecidos, agora, em muitas instituições, os casos de salários em atraso, de diminuição de

vencimentos, em média de 10%, e de despedimentos.

Este Governo toca num espaço social que deveria ser inviolável. A insensibilidade não tem limites, mas a

teimosia em persistir no erro também não. Afinal, o que é que falta para o Governo perceber que tem de

arrepiar caminho e que esta conduta não pode continuar?

Aplausos do PS.

Teimosia, preconceito e cegueira ideológica é o que também define o desnorte da coligação.

Fizeram sete atualizações do Memorando nas costas de todos nós, tal como fizeram na elaboração do

Documento de Estratégia Orçamental ou nos compromissos secretos para cortar 4700 milhões de euros nas

políticas sociais.

Quiseram confundir essa atitude com uma reforma do Estado, mas, confrontado pelo PS com um

calendário e uma estratégia que permitiria concluí-la até julho último, o Governo rejeitou, porque, dizia, não

havia tempo a perder. Estamos quase em outubro e a única coisa que perdemos foi o rasto a essa dita

reforma do Estado.

Percebemos, todos percebem agora, que não havia nenhum outro objetivo senão cortar, como já hoje é

claro quanto às pensões da Caixa Geral de Aposentações. De facto, não havia outra estratégia senão atrair o

PS para estes cortes. Um escândalo que, mais uma vez, sacrifica os mesmos do costume: os mais pobres, os

funcionários públicos e os aposentados.

Como já avisou recentemente a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, dentro meses chegará a vez dos reformados

da segurança social.

Não, o PS nunca será parte dessa insensibilidade, o PS nunca será parte dessa tragédia social!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado José Junqueiro, muito obrigada pelos votos que formulou de boa

sessão legislativa.

Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados João Pinho de Almeida, João Oliveira,

Pedro Filipe Soares e Luís Menezes, tendo o Sr. Deputado José Junqueiro informado a Mesa que pretende

responder individualmente.

Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado João Pinho Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, o Sr. Deputado José Junqueiro está,

naturalmente, preocupado — e isso é compreensível — com o seu compromisso eleitoral em Viseu e com a

candidatura que encabeça neste momento. Percebeu-se que assim é, uma vez que não conseguiu fugir a

esse assunto logo no início da intervenção. E está também especialmente preocupado com a candidatura do

CDS em Viseu, o que é absolutamente compreensível. Basta olhar para os indicadores: desde que começou

essa «corrida», o Sr. Deputado está sempre a descer e a candidatura do CDS está sempre a subir.

Percebe-se, pois, a sua preocupação.

Aplausos do CDS-PP.

Percebe-se também que, apesar de terem passado pouco mais de 12 horas de o CDS ter realizado um

evento em Viseu, o senhor está bem informado sobre a grande mobilização que lá aconteceu e está

preocupado com isso, mas não deu a atenção devida ao que lá foi dito.

Sr. Deputado, foi feito — é verdade — um grande elogio aos funcionários públicos, mas aqueles que foram

responsabilizados por, muitas vezes, não estarem à altura não foram os seus chefes, foram os políticos, os de

hoje, assumindo a nossa responsabilidade, e os do passado, que em tempo útil não fizeram as reformas