12 DE OUTUBRO DE 2013
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Este não é assunto novo, é assunto que já conhecemos dos Estados Unidos, da França,… Não falou sobre
a proibição da França! Recentemente, a Espanha, também tomou uma posição no sentido da proibição da
extração do gás de xisto na Andaluzia.
Srs. Deputados, o desafio é muito simples e é o seguinte: qual é a nossa posição? E aqui é que entra o
dogmatismo.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.
Quem é que é dogmático, Sr. Deputado António Prôa? É o Bloco de Esquerda, que cumpre o princípio da
precaução, ou são os Srs. Deputados, que dizem que tem de ser porque sim, sem terem a certeza absoluta?!
Os Srs. Deputados é que são dogmáticos!
Desculpe, Sr. Deputado António Prôa, mas a acusação vai direitinha para a bancada do PSD.
Lamentamos que esta Assembleia não seja capaz de tomar esta posição agora, porque agora é que era
preciso tomá-la. Mas, Srs. Deputados, voltaremos ao assunto, com certeza brevemente. E o que eu espero —
faço sinceros votos — é que não voltemos a este assunto com um problema entre as mãos, mas com a
capacidade de o debater e de decidir em tempo útil. Tal como disse no princípio, volto a dizer que era
importante que fosse, antes que seja tarde demais.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, termina aqui o debate conjunto dos projetos de resolução n.os
524/XII (2.ª), do Bloco de Esquerda, e 585/XII (2.ª), do Partido Socialista.
O Sr. António Prôa (PSD): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para defesa da honra da bancada.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. António Prôa (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, uso da palavra em defesa da honra da
bancada porque foi aqui proferida uma afirmação que não corresponde à verdade. O PSD não se colocou na
posição irresponsável de defender a extração do gás de xisto. Não dissemos isso, pelo que gostava que
ficasse claro que o PSD não se coloca numa posição extremista como essa.
A posição do PSD foi ponderada, defendendo que se deve aprofundar e estudar.
Considero, pois, importante deixar esse esclarecimento.
A Sr.ª Presidente: — Para dar explicações, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, de facto, há certos dias assim, é só o que
posso dizer. É que parece-me demasiado excessivo o Partido Social Democrata invocar a figura da defesa da
honra da bancada para fazer este reparo.
Portanto, Sr.ª Presidente, peço desculpa, mas só posso dizer isto: há dias assim. E por aqui me fico.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Como a Sr.ª Deputada sabe, a figura é muito subjetiva. Para aferir de um mínimo de
objetividade, como nos sucedemos na Mesa, não foi possível fazê-lo.
Passamos, agora, à apreciação da petição n.º 241/XII (2.ª) — Apresentada por Luís Pereira de Quintanilha
e Mendonça Dias Torres Magalhães e outros, solicitando à Assembleia da República a não integração da
Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) na Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP
(FCT).
Estão já inscritas, para intervir, as Sr.as
Deputadas Elza Pais, do PS, e Isilda Aguincha, do PSD.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Elza Pais.